Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Greve por tempo indeterminado na GM de São Caetano do Sul

Em assembleia realizada hoje, dia 18/09/09, pela manhã, os trabalhadores da General Motors de São Caetano do Sul  decidiram entrar em greve por prazo indeterminado até que a empresa apresente uma proposta salarial condizente com  o que o sindicato está reivindicando.

A proposta que havia sido apresentada na semana passada de 6.53% de aumento, sendo 4,44% decorrente da inflação acumulada entre 1º de setembro de 2008 e 31 agosto de 2009, mais 2% de aumento, a além de abono salarial no valor de R$ 1.500,00, foi rejeitada por maioria absoluta pelos trabalhadores em assembléia realizada na segunda-feira, dia 14/09.

Na ocasião foi ainda concedida ao sindicato, por meio de votação na mesma assembleia, outorga de poderes para reabrir as negociações com a GM. Ontem, dia 17/09, ocorreu uma nova rodada de negociação e que nada de significativo em termos de aumento salarial foi apresentado, o que levou os trabalhadores a interromperem as suas atividades.

O sindicato está reivindicando 10% de aumento salarial, tendo por base os altos índices de produtividade que a empresa vem obtendo nos últimos tempos. O que significa dizer que a tão falada crise econômico-financeira passou ao largo da produção de veículos no Brasil.

Divulgação Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul

Presidente do Sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão

Segundo o presidente do Sindicato, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, a atitude dos trabalhadores é corretíssima uma vez que a GM reúne todas as condições para melhorar a proposta que foi rejeitada na segunda-feira, dia 14/09. “Os trabalhadores estão corretos e o sindicato como seu representante não abre mão de manter as reivindicações iniciais. Até porque sabemos que a situação do setor automotivo, e da GM em particular, é das melhores. A produção está em alta e a recusa em conceder aumento com base na existência da crise não se sustenta. Até porque o apoio do governo federal foi determinante para que as empresas nem sentissem os efeitos da crise, disse Cidão.

Cabe ressaltar que neste momento há entendimento para a continuidade da luta entre o sindicato de São Caetano do sul e os metalúrgicos de São José dos Campos que também mantêm paralisação das atividades na unidade daquele município.

São Caetano do Sul, 18/09/2009

Por Assessoria de Imprensa – Zé Raimundo

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