Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Jundiaí

Graphocolor garante salário de setembro

A direção da Graphocolor -que teve parte do equipamento e do prédio atingidos por fogo no dia 1º- garantiu na segunda-feira (08) que todos os direitos dos trabalhadores estão assegurados, e que o salário e benefícios de setembro serão acertados normalmente.

O encontro aconteceu no auditório do Sindicato e reuniu cerca de 200 trabalhadores.

O fogo atingiu metade da empresa e danificou o maquinário, equipamentos e a estrutura do prédio, mas não houve feridos, já que o incêndio aconteceu de madrugada.

“Ainda não sabemos quando o seguro vai liberar as áreas atingidas, e estamos colhendo as informações que possam indicar quando as atividades serão retomadas. Ainda é cedo para dizer qualquer coisa”, disse Adriana, do RH.

Elói, também da empresa, comentou que o processo utilizado na Graphocolor tem características particulares, e que uma nova linha deve demorar entre 12 e 18 meses para funcionar.

“Primeiro, temos de liberar a fábrica, e ainda não avaliamos danos e prejuízos”, afirmou.

A Graphocolor confirmou que os trabalhadores vão passar por cursos de capacitação e treinamento a serem realizados na escola do Sindicato.

O diretor do Sindicato José Carlos, o Mineirinho, disse que é grande o empenho em buscar saídas, “pois existe o interesse em manter todos os postos de trabalho”.

Uma nova reunião foi marcada para o dia 6 de outubro, também no auditório do Sindicato. “Esperamos que nesse encontro a empresa tenha mais informações sobre o futuro dela aqui em Jundiaí, e esperamos que sejam boas”, disse Mineirinho.

Ele garantiu que, apesar da falta de definição quanto ao futuro da empresa, os trabalhadores terão os direitos garantidos.

O diretor do Sindicato Caé disse que os trabalhadores devem acompanhar tudo de perto. “O emprego está em jogo, mas os direitos dos trabalhadores vão prevalecer. Além disso, o Departamento Jurídico está à disposição”, disse.

 

Perguntas feitas pelos trabalhadores

– Como fica quem tem férias para vencer? Quem tem direito vai esperar mais um pouco.

– É possível o trabalhador se transferir para outras empresas do grupo? Não, pois o incêndio refletiu em todas as empresas.

– O trabalhador pode pedir demissão? A empresa vai facilitar a saída daqueles que pedirem para sair.

– Por quanto tempo a empresa aguenta pagar o trabalhador para ele ficar em casa?  O seguro cobre o equipamento atingido e 12 meses da folha de pagamento.

– A empresa corre o risco de fechar? Faltam dados para fazer esse tipo de análise.  

– Vai acontecer a SIPAT marcada para outubro? Não, a SIPAT está suspensa.

 

Trabalhadores estão na expectativa

Luane Jesus, que trabalha na montagem há 2 anos, disse que ficou com uma interrogação em relação ao futuro da empresa. “Não temos certeza de nada, se vai ou não continuar”.

Francieli Francini Nunes Couto, operadora de anodização há 2,6 anos, disse que levou um susto ao saber do incêndio. “A coisa é feia e não estou otimista, pois a retomada da empresa depende de muita coisa. A situação não é boa, vamos esperar para ver”.

Luís Alberto Ferreira da Cruz, o Beto, do setor de montagem há 4,6 anos, disse que o encontro serviu para esclarecer alguns pontos. “Eu tenho uma visão otimista em relação ao futuro, pois somos os únicos fornecedores aqui na América Latina”.

Levi Feliciano, o Chocolate, é operador de máquina há 3 anos, e disse que está muito preocupado. “Não sabemos o futuro. A reunião de hoje esclareceu as dúvidas e agora vamos aguardar. Mas o fogo danificou parte da empresa e mexeu com a estrutura do prédio, e isso não se resolve da noite para o dia”.

Por Gonzaga
Assessor de Imprensa do Sindicato 
Acesse www.metalurgicosjundiai.org.br