Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Diário do Grande ABC

O presidente da GM (General Motors) no Brasil, Jaime Ardila, reafirmou nesta quarta-feira, durante evento na fábrica de São Caetano, que a montadora não renovará os contratos dos 1.633 trabalhadores temporários. A declaração, feita um dia antes de uma reunião com o sindicato da categoria para tratar justamente desse assunto, surpreendeu a entidade.

“Ficamos surpresos com essa declaração, pois nos deixou ainda mais apreensivos. Na reunião de amanhã com o presidente ainda vamos tentar reverter a situação”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Francisco Nunes Rodrigues.

Segundo Rodrigues, o sindicato tentará convencer a direção da GM a mudar de atitude. “Alguns funcionários nos ligaram para reclamar que o serviço na linha de produção está muito puxado, devido à diminuição no número de trabalhadores. O mercado está aquecendo novamente, temos esperança de que, em maio ou junho, a situação melhore”, explica.

Como alternativa, o vice-presidente da entidade informou que irá propor o chamado lay-off, ou seja, suspensão do contrato de trabalho por tempo determinado. “Estamos verificando com nosso departamento jurídico a possibilidade de propor lay-off para os temporários até que o mercado ganhe mais fôlego. Além disso, especula-se que o governo irá prorrogar a redução do IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] por mais três meses para manter as vendas do setor aquecidas. Também usaremos isso como argumento”, adianta Rodrigues.