Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Automotivo

Funcionários da GM aprovam acordo em São José dos Campos

Por Virgínia Silveira
Valor Econômico

Os funcionários da General Motors (GM) em São José dos Campos (SP) aprovaram em assembleia nesta segunda-feira o acordo fechado entre a empresa e o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região no sábado, após quase dez horas de negociação.

Com a aprovação do acordo, a GM se comprometeu com o investimento de R$ 500 milhões na fábrica de transmissões e motores do complexo industrial instalado no município e manutenção da produção do modelo Classic até dezembro deste ano. As duas medidas, segundo a montadora, garantem o emprego dos 750 funcionários do setor de MVA (Montagem de Veículos Automotores) durante o período.

Para os 780 empregados que estavam em período de suspensão temporária do contrato de trabalho, até sábado passado, a GM estendeu o prazo de licença para mais dois meses.

Depois deste período, os funcionários que forem demitidos terão direito a uma multa de três salários-base. O trabalhador também poderá optar por sair imediatamente e receber cinco salários, além dos direitos trabalhistas. Outros 150 funcionários com estabilidade serão realocados para outras atividades dentro da unidade.

Os empregados que trabalham na produção do Classic não retornam imediatamente para o trabalho, pois a GM ainda precisa restabelecer o abastecimento de peças na linha de produção. A partir de amanhã,  esses funcionários entram em férias coletivas até o dia 14.

Luiz Moan, diretor de relações institucionais da GM, disse que o investimento que será aplicado na fábrica de São José dos Campos no período de 2013 a 2017 trouxe de volta a possibilidade de produção de um novo veículo na unidade.

O acordo aprovado no sábado, com um total de 16 itens, também prevê uma outra grade salarial para funcionários novos, mas apenas na fábrica de componentes (Powertrain, estamparia e plástico). O piso da categoria, que era de R$ 3.100 foi reduzido para R$ 1.800, mas ainda é mais alto que o piso de R$ 1.717 adotado em outras montadoras do Estado de São Paulo, segundo a GM.

O pacote negociado entre a GM e o sindicato também prevê duas horas extra na fábrica de componentes, podendo haver folga em até 12 dias por ano, que serão compensadas posteriormente.