Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

FST - Fórum Sindical dos Trabalhadores

FST propõe maior participação popular nas eleições deste ano

Fólio 16022018
ENCONTRO FST 230118 (16)
Artur coordena reunião do Fórum dia 23 de janeiro em São Paulo

A dura onda de ataques do governo e do Congresso Nacional aos direitos trabalhistas e sociais alerta entidades de classe sobre a necessidade de maior participação política e eleitoral. É o caso do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), que congrega 22 Confederações nacionais, entre elas, a CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos).

Artur Bueno de Camargo, coordenador do Fórum e também presidente da CNTA Afins (Alimentação) adianta que a participação política e eleitoral do sindicalismo será um dos temas da reunião em Brasília, terça (20). “Além de debater a conjuntura, vamos trabalhar para definir uma agenda de ações”.

No entender do coordenador do Fórum, Confederações, Federações e Sindicatos terão, além de lutas como o enfrentamento da reforma previdenciária, que estimular o debate político em suas bases. “Com esse Congresso e esse governo não dá. Vamos difundir maciçamente a necessidade de mudança nos rumos da política. Onde o movimento sindical tiver condições, entendo que deve lançar candidatos”, diz Artur.

O dirigente falou nesta quinta (15) à Agência Sindical. Em que pese a desigualdade de condições na disputa eleitoral, ainda assim, Artur Bueno de Camargo entende que o enfrentamento é inevitável. “A escassez de recursos dificulta, mas não impede a disputa. Nós temos a vantagem de falar diretamente com as categorias. E vamos precisar utilizar, com inteligência e agilidade, as redes sociais, principalmente para alertar o trabalhador que ele não pode eleger quem destrói seus direitos”, afirma.

Para o coordenador do FST, o sentimento de repúdio ao ambiente político atual cresce entre os trabalhadores e o conjunto da população. “Já percebemos isso. Os conservadores também perceberam e estão se articulando. A própria Globo vem fazendo campanha antecipada. Porém, se soubermos levar uma mensagem clara e convincente vamos conseguir agregar amplos setores, não só a base trabalhadora”, enfatiza.

O sindicalista observa que o próprio Carnaval espelha o mal-estar popular. “A Beija-Flor e a Paraíso do Tuiuti, campeã e vice no Rio, fizeram de seus desfiles um impressionante protesto. A Tuiuti colocou Michel Temer de vampiro. Quando entraram na Sapucaí, o povo foi ao delírio. Ou seja, a população está descontente demais”, ele comenta.

Pauta – O Fórum (FST) planeja organizar Congresso Nacional da Classe Trabalhadora, em agosto. “Na terça, devemos definir data e local de um seminário preparatório. Vamos avaliar também a audiência dia 6 no TST, que impôs uma barreira efetiva às pretensões neoliberais do presidente atual da Corte”, diz.