Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Força Sindical prepara ato para o dia 3 de agosto, em São Paulo


O evento faz parte da Jornada de Lutas pela aprovação da pauta trabalhista

A Força Sindical quer garantir a presença de grande número de trabalhadores no ato que as centrais sindicais e os movimentos sociais farão no dia 3 de agosto, em São Paulo. Pelo cronograma definido, a concentração será no Pacaembu. De lá a passeata segue pela avenida Paulista e termina na Assembleia Legislativa, onde será feito o ato pela aprovação da pauta trabalhista – jornada de 40 horas semanais, regulamentação da terceirização garantindo os direitos dos trabalhadores e fim do fato previdenciário, que achata as aposentadorias.

Nesta segunda-feira, 4 de julho, a Força Sindical do Estado de São Paulo realizou uma reunião para preparar o evento. Compareceram dirigentes sindicais que representam 15 setores, como alimentação, químicos e metalúrgicos.

“Ver o auditório lotado nos dá estímulo para desenvolver as ações porque mostra o interesse dos sindicalistas em lutar por nossas reivindicações”, disse Danilo Pereira da Silva, presidente da Força Sindical São Paulo. 

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, lembrou toda a mobilização que começou no dia 1º de Maio e prosseguiu em junho, neste mês de julho e que terá o grande ato em 3 de agosto em São Paulo.  Paulinho dividiu em cotas a participação dos sindicatos e federações por setores.

Na reunião, os dirigentes sindicais se comprometeram a cumprir a cota estipulada. O consultor sindical João Guilherme afirmou que o Brasil atravessa hoje um momento favorável para desenvolver a luta por suas reivindicações. “O grande desafio é recuperar o protagonismo que tivemos no fim da ditadura militar. Hoje temos a democracia consolidada e é preciso que o movimento sindical tenha voz definitiva. Vamos colar nossas reivindicações com as da sociedade, por exemplo, na área do meio ambiente e na transferência do setor público. A mobilização dos trabalhadores continuará ainda na campanha salarial do 2º semestre e também na aplicação do reajuste do salário mínimo em 2012, que será de mais de 13%”, declarou João Guilherme.

Responsabilidade

Melquíades de Araújo, presidente da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de S. Paulo), afirmou que o grupo da alimentação fará a sua parte e levará o dobro do número de trabalhadores que foi estipulado pela direção nacional da Central. “Vamos fazer tudo certo, inclusive entregando nomes e números de identidade dos trabalhadores que comparecerem porque não se pode prometer e depois trazer pouca gente. Cada um tem a sua responsabilidade”, destacou.

João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical, destacou os resultados da unidade de ação com as outras centrais e movimentos sociais até agora e sugeriu que os sindicalistas de São Paulo também participem dos atos programados em outras regiões do País.

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, afirmou que os metalúrgicos desenvolverão várias ações, inclusive fazer greve no dia 3 de agosto.

Mônica Veloso, presidenta da CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos), defendeu a mobilização das bases para o ato. “Temos que vir engajados, com o sentimento de que desta vez é para valer porque são quase seis anos de luta”, destacou.

Sérgio Luiz Leite, Serginho, 1º secretário da Força Sindical, lembrou que o sucesso do ato é responsabilidade de todos e da Força Sindical será maior ainda.

Negociação ruim

João Batista Inocentini, presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, explicou que as negociações com o governo a respeito do fator previdenciário e recuperação do poder de compra dos aposentados estão paradas. “O ato será bom para os aposentados. Temos que por gente nas ruas para as negociações caminharem”, ressaltou.

Leonardo Del Roy, presidente da Federação dos Gráficos, declarou que é preciso acompanhar mais de perto o debate sobre a terceirização porque os patrões querem terceirizar inclusive a atividade fim. Paulinho destacou que os sindicalistas precisam estar presentes nas reuniões da Comissão Especial na Câmara dos Deputados para sensibilizar os parlamentares a votar a favor dos trabalhadores.

José Luiz Ribeiro, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Piracicaba, manifestou-se favorável à mobilização da jornada de lutas. “Se for necessário, podemos fechar o sindicato um dia para participarmos. O movimento sindical se mobiliza ou não avança. Precisamos garantir o presente e o futuro dos sindicatos”.

Para Carlos Andreu Ortiz, presidente do Sindicato dos Aposentados do Estado de São Paulo, é preciso lutar pelo fim do fator previdenciário e garantir o poder de compra dos aposentados.

Já João Henrique dos Santos, presidente do Sindicato dos Plásticos de Jundiaí, entende que é preciso aliar à pauta trabalhista a sobrevivência dos sindicatos.

Por Assessoria de Imprensa da Força Sindical
www.fsindical.org.br

Fotos: Jaélcio Santana