Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Força Sindical faz churrasco de sardinha ao lado da sede do BC

Valor Econômico

BRASÍLIA – A primeira parte da reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central começou, há pouco, com muito barulho de música do lado de fora do prédio. O som vem de um ato público promovido pela Força Sindical, em protesto contra o alto nível da taxa básica de juros, hoje em 12,5% ao ano, e pela retomada da respectiva trajetória de queda já nessa reunião.

Mais cedo, houve discurso do presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva. Mas no momento, os manifestantes, que são aproximadamente 50, estão apenas assando sardinhas em churrasqueiras colocadas na calçada e degustando-as. “Por que sardinha? Porque é a comida dos tubarões. `E simbólico´, disse ao Valor o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

Segundo ele, o ato faz parte de uma série de manifestações que os movimentos sindicais  vêm fazendo em todo o país desde julho, em defesa da “Agenda dos Trabalhadores”. Além de corte de juros, a agenda inclui, entre outras reivindicações,  redução da jornada de trabalho, de 48 para 44 horas semanais, e o fim do fator previdenciário, mecanismo  redutor de aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Amanhã, segundo e último dia desta reunião do Copom, haverá mais um protesto contra os altos juros, desta vez da União Nacional dos Estudantes, informou Juruna.

“Sabemos que o Copom é independente e que nem a presidenta Dilma Roussef interfere (na fixação da taxa básica).  Mas é sempre bom frisar que juros altos prejudicam o investimento e a geração de emprego e renda”, disse o sindicalista. (Mônica Izaguirre / Valor)