Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Em São Paulo, cerca de 10 mil trabalhadores de todo o Estado concentraram-se e sairam de três locais em direção ao Banco Central, na Avenida Paulista, para um ato que começou às 10 horas.

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, alerta que uma queda suficiente na taxa traria mais segurança ao setor produtivo. “Sabemos que as altas taxas de juros inibem o consumo, resultando em queda na produção e em desemprego. Reduzir a taxa é um instrumento fundamental para aquecer a atividade econômica, minimizar os efeitos da crise econômica mundial no País e garantir os empregos dos trabalhadores brasileiros”, afirma Paulinho.

Paulinho criticou o governo que “deu alívio fiscal, reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e, no outro dia, as montadoras demitiram trabalhadores”.

Clementino Vieira, dirigente da CNTM, afirmou que a categoria metalúrgica está atenta às mobilizações e consciente de que é preciso resistir, lutar e exigir alternativas às demissões.

“Nossa mobilização é fundamental para negociar com os patrões e com o governo soluções para a desaceleração econômica e superar a crise. Vamos, portanto, continuar participando e promovendo paralisações, manifestações de protesto e assembléias para decidir qual o melhor caminho para os trabalhadores neste tempo de crise”, afirma Clementino Vieira.

Além da redução na taxa Selic, o movimento sindical defendeu também a redução do abusivo spread bancário (O spread é a diferença entre o custo de captação de recursos para os bancos e o que estas instituições cobram do tomador final nas suas diversas operações de empréstimo).

A Força Sindical também coordenou manifestações em outros 10 estados e no Distrito Federal.

Em Brasília, cerca de 500 manifestantes da Força Sindical e da CNTM reunidos em frente à sede do Banco Central improvisaram um churrasco de sardinha e apresentaram à população uma marchinha de carnaval pedindo a saída do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Carlos Lacerda, Secretário de Relações Parlamentares da CNTM e de Economia Informal da Força Sindical, em Brasília. Foto: Daniel Cardoso.

Em Maceió/Alagoas a manifestação ocorreu na rua do comércio e contou com a presença de 600 trabalhadores. Na capital do Amazonas, Manaus, 500 pessoas realizaram o ato na esquina das Avenidas 7 de setembro e Eduardo Ribeiro.

Em Salvador, a manifestação ocorreu em frente a sede do Banco Central, na Av. Garibaldi, 1211 no bairro de Ondina e reuniu cerca de 500 trabalhadores. No Espírito Santo, trabalhadores da Força Sindical reuniram-se na sede do Sindimotos, na rua Deocleciano de Oliveira, no centro de Vitória.

No Paraná, milhares de dirigentes e militantes das centrais sindicais reuniram-se na Praça Santos Andrade e caminharam em passeata até à sede do Banco Central, na Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico. Além disto, milhares de trabalhadores realizaram protestos na porta de grandes indústrias como Bosch, New Holland, Renault, Volvo e WHB, empresas do setor metalúrgico que, juntas, empregam cerca de 16 mil funcionários.

Nestas fábricas, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC) e a CNTM realizaram assembleias de protesto, com a produção das empresas sendo paralisadas durante até duas horas. À tarde, os protestos repetiram-se com os trabalhadores da Bosch e Volks. No Rio Grande do Sul, a Força Sindical realizou assembleia nos dois turnos da GM em Gravataí, às 5h e às 15h, com a participação de 5 mil trabalhadores.

Em Santa Catarina foram realizados diversos atos e plenárias nos sindicatos. Em Sergipe, cerca de 500 trabalhadores realizaram um ato na praça em frente a Assembleia Legislativa. No Rio de Janeiro, centenas de trabalhadores concentraram-se na Central do Brasil e Terminal Rodoviário de Niterói e Barcas da Praça Quinze.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Força Sindical, Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e CNTM