Assessoria de imprensa da Força Sindical
A Força Sindical já iniciou a campanha salarial deste 1º semestre no Estado de São Paulo. Têm datas-base categorias que representam cerca de 1 milhão de trabalhadores. As negociações da convenção Coletiva de Trabalho ocorrerão neste momento que a economia brasileira sofre forte impacto da crise econômica internacional. São elas: construção civil no Estado de S. Paulo, 850 mil trabalhadores, com data-base em 1º de maio; trabalhadores em usinas de álcool, 30 mil trabalhadores(data-base 1º de maio); farmacêuticos, 10 mil trabalhadores( data-base 1º de abril) telefônicos, 15 mil trabalhadores (data-base 1º de maio); frentistas, 70 mil trabalhadores (data-base 1º de março) e, da áreas de bebidas, doces e conservas, 30 mil trabalhadores (data-base 1º de março).
“Toda negociação salarial é difícil, mas esta será um verdadeiro desafio” disse Sergio Luiz Leite, Serginho, secretário-geral da Fequimfar (Federação dos Químicos do Estado de São Paulo). Serginho explicou que a negociação da convenção coletiva é referente ao período dos últimos 12 meses (sempre da última data-base negociada até a que está em negociação).
Mas o sindicalista sabe que os empregadores vão querer negociar levando em consideração o momento atual da economia. “Na área do álcool e dos farmacêuticos a situação não está tão ruim”, disse. Como exemplo, Serginho cita os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregos e Desempregados), do Ministério do Trabalho, que mostra que o saldo de empregos em fevereiro de 2009 era de 1.744 no Estado de São Paulo e 2.697 no Brasil. Outro dado importante é que a industria farmacêutica cresceu 19% no ano passado”, afirmou.
A categoria que está passando por um verdadeiro teste de persistência é a dos frentistas.”Até agora os patrões não ofereceram proposta. Estamos insistindo e esperamos que eles façam isto na próxima semana”, destacou Antonio Porcino, presidente do Sindicato dos Frentistas de São Paulo.
Na área da alimentação, as negociações ainda não começaram, mas as primeiras reuniões já estão marcadas. “Vamos negociar dentro da normalidade, reivindicar aumento real, reposição da inflação e benefícios”, disse Wilson Vidotto, diretor da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação do Estado de São Paulo. “Pelos números que obtivemos da indústria farmacêutica e usinas existe espaço para conquistarmos aumento real”, declarou Serginho dos Químicos.
O setor da construção civil permanece mobilizado. “Entregamos a pauta reivindicando aumento real de 5,5% e marcamos greve de advertência para 13 de abril”, informou Antonio de Sousa Ramalho, presidente do Sindicato da Construção Civil de São Paulo.
Já o Sintetel (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações do Estado de São Paulo) convocou os trabalhadores da categoria, com data-base em 1º de maio, para as Assembleias de Composição de Pauta de Reivindicações para o Acordo Coletivo ou Convenção Coletiva 2009/2010. As primeiras assembleias aconteceram nos dia 9 e 10 de março e seguem nos dias 11, 12 e 13 do mesmo mês.