Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Federação realiza Curso de Formação Sindical em Sertãozinho

Elio Antonio Candido, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho, e Marco Antonio Mota, sociólogo e assessor da Federação abrindo as atividades do Curso de Capacitação de Dirigentes Sindicais

A formação e a capacitação de dirigentes sindicais é uma das prioridades da Federação dos Metalúrgicos, entidade que congrega 54 sindicatos da categoria, representando cerca de 800 mil metalúrgicos no Estado de São Paulo.

Nesse sentido, entre os dias 19 e 20 de abril, os dirigentes do Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho participam de Curso Básico de Formação. O curso, realizado na auditório Comfort Inn, estrutura-se em três eixos: 1) História do movimento operário, 2) noções básicas de economia, e 3) Comunicação sindical – a informação como elemento de transformação.

Para Claudio Magrão, presidente da Federação, “a capacitação de dirigentes sindicais é essencial na luta histórica entre o Capital e o Trabalho. Quanto mais dirigentes atuantes e preparados cada vez mais combateremos os abusos por parte dos patrões. Desta forma ampliaremos nossa consciência de classe”, destacou.

Marco Mota, sociólogo e coordenador de formação sindical da Federação apresenta e debate temas como: transição do modo de produção da Idade Média (feudalismo) para o capitalismo (Revolução Industrial); Formação dos ideais de lutas operárias na Europa; Conjuntura histórica do Brasil (abolição dos escravos); processo “industrialização” e imigração de europeus ao Brasil; as primeiras noções de sindicalismo; a Era Vargas (1930); Consolidação das Leis do Trabalho.

Além de compreender os desdobramentos históricos para a formação da classe operária no Brasil e no mundo, Mota apresenta noções básicas de economia (do insumo ao produto no mercado). “Objetivo é que o dirigente sindical, que também é um trabalhador, compreenda melhor o sistema de produção”, destaca Mota.

Consolidada a noção de indústria com a Revolução Industrial surgem as primeiras noções de organização de trabalhadores e consequentes lutas por melhorias. Os trabalhadores passam a questionar o sistema de produção, lutam por melhores condições e a reivindicar direitos.

Na terceira etapa, Ricardo Flaitt, assessor de imprensa da Federação dos Metalúrgicos e historiador fala sobre a Comunicação Sindical, enfocando a informação como elemento transformador.

Destaca a formação da imprensa sindical no Brasil; os desafios para se estabelecer uma comunicação operária nos primórdios; estruturação dos meios de comunicação (grande imprensa); a importância da imprensa sindical (informação e formação como base); as novas tecnologias; os desafios da comunicação sindical com as novas plataformas de comunicação e a necessidade dos dirigentes e entidades de compreenderem e se adaptarem à nova linguagem advinda com o mundo virtual.

Para Elio Antonio Candido, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sertãozinho, “a entidade tem a obrigação de aparelhar o dirigente sindical e ampliar sua consciência de classe para uma atuação mais efetiva”, destacou.

Por Ricardo Flaitt
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