Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Piracicaba/SP

Ex-trabalhadores do grupo Dedini ainda aguardam a liberação dos R$ 14 milhões

Foto: Mateus Medeiros

A liberação dos R$ 14 milhões a favor dos credores trabalhistas constantes na ação de recuperação judicial de algumas empresas do grupo Dedini ainda não foi efetivada.

Por isso, os ex-trabalhadores compareceram (06/06) ao Fórum de Piracicaba, para a realização de um manifesto, a favor da liberação do valor devido a cada credor. Para tanto, havia cartazes, faixas, alguns com narizes de palhaço, tudo no intuito de cobrar o ato liberatório urgentemente.

Tal ato depende da decisão acerca dos parâmetros dos valores do rateio, especificamente o valor máximo a ser pago a cada credor. Representantes da administradora judicial, estiveram reunidos com o juiz de direito da 2ª Vara Cível de Piracicaba, Dr. Marcos Douglas Velozo Balbino da Silva, bem como o advogado do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Piracicaba e Região, Dr. Luis Fernando Severino.

Pelo juiz foi dito que, após a decisão dos parâmetros do rateio ser proferida, os mandados de levantamento serão expedidos, mas que serão 564 mandados, não havendo condição de precisar o tempo que este trabalho levará.

Segundo João Carlos Ribeiro, um dos diretores do Sindicato que estiveram presentes no ato, “os ex-trabalhadores da Dedini estão passando por dificuldades, assim como a população de um modo geral, muitos ainda estão desempregados, sentindo os efeitos desta dispensa coletiva até hoje”, disse.

De acordo com o advogado Luis Fernando Severino, que esteve reunido com o juiz Marcos Douglas, “a liberação de R$ 14 milhões de reais demanda muito cuidado para as tomadas das decisões, especialmente quanto ao valor devido para cada um dos 564 credores, sendo que, após esta liberação, restarão pouco mais de 100 ex-funcionários com saldo a receber nos autos da ação de recuperação judicial, mas todos que estão conosco ainda poderão continuar lutando por diferenças de valores perante a Justiça do Trabalho”, destacou.

Érica Veríssimo
Assessora de Imprensa