Ao adquirir 50,7% da Volks, em janeiro, empresa acumulou débito de 9 bi
DA REPORTAGEM LOCAL
A fabricante alemã de automóveis Volkswagen desistiu da proposta de fusão feita pela também alemã Porsche. Para o presidente do conselho da Volks, as negociações só poderiam avançar caso a Porsche resolvesse sua dívida financeira.
A informação foi confirmada por Ferdinand Piech, neto do fundador da Porsche. Apesar disso, a montadora afirma que as conversas entre as companhias continuam normalmente. A Volkswagen nega. A Porsche assumiu dívida de 9 bilhões em janeiro deste ano, quando adquiriu 50,76% das ações da Volkswagen.
Além dos problemas financeiros, a Porsche não teria clareza em sua oferta. Bernd Osterloh, presidente do comitê de empresa da Volkswagen, afirmou que a Porsche precisava se decidir sobre o que realmente pretende antes de se dirigir à montadora. “Compra, fusão ou algo completamente diferente”, disse Osterloh.
A Volkswagen já tinha dado sinais até sobre o nome do presidente da nova empresa. Ele seria Martin Winterkorn, hoje presidente-executivo do grupo.
As duas montadoras começaram a discutir uma integração há cerca de dez dias. Naquela ocasião, a Porsche decidiu contratar uma empresa para apresentar um plano de reestruturação financeira.
O objetivo da Porsche era ampliar a sua participação na Volkswagen para 75%. Mas ela dependia do aval do Estado da Baixa Baviera, que atualmente tem 20% das ações da Volkswagen com direito a bloquear decisões estratégicas.
Outra meta com a integração seria unificar dez marcas sob o mesmo comando, preservando a independência de cada uma delas. Com isso, seria possível cortar custos, principalmente com a troca de tecnologias.
Atualmente, o grupo Volkswagen comanda as marcas Audi, Bentley, Bugatti, Lamborghini, MAN, Scania, Seat, Skoda e VW. No ano passado, juntas, elas produziram 5 milhões de veículos, ficando na terceira colocação entre as maiores do mundo atrás da Toyota e da General Motors.
Com agências internacionais