Folha de S. Paulo
DO RIO – Estudo realizado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) afirma que a queda na desigualdade de renda no país foi responsável por 6% da criação de postos de trabalho no período de 2001 a 2008.
O impacto é equivalente a 25% das novas vagas criadas em seis regiões metropolitanas no país.
Nos cálculos de André Sant´Anna e Beatriz Meirelles, da equipe de Pesquisa Econômica do BNDES, o impacto redistributivo criou 930 mil empregos nesse período, ou 116 mil a cada ano.
A conta compara uma expansão com e sem distribuição de renda no mercado de trabalho. Além disso, leva em conta a propensão maior para consumo dos mais pobres.
Os 50% de menor rendimento gastam, em média, 122% do que ganham, o que sinaliza o endividamento dessas famílias para consumir. Os 10% mais ricos gastam em média 61% da renda.
Os empregos gerados em razão da queda da desigualdade estão ligados principalmente a atividades mais intensivas em trabalho.
No período de 2001 a 2008, os 10% mais pobres registraram um crescimento real da renda de 8% ao ano. Na média do país, a expansão foi da ordem de 2,7% ao ano. (JL)