Os direitos do trabalhador que sofre um acidente de trabalho são o principal assunto do segundo encontro da 36ª edição do Ciclo de Debates, que acontece nesta quinta-feira, 25, na subsede de Cotia do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região.
Desde a elaboração da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), passando pela fiscalização e pelo acompanhamento que deve ser prestado à vítima, há um longo caminho que, muitas vezes, se transforma num calvário. “Muitas empresas não preenchem a CAT, numa tentativa de ocultar o acidente e uma possível responsabilidade. Isso prejudica a investigação, a prevenção e o acesso do trabalhador a seus direitos”, explica o diretor João Batista.
Uma situação que a Cipa (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho pode e deve denunciar. Por isso, o papel do cipeiro é outro assunto do encontro desta quinta-feira.
Ao mesmo tempo, a morosidade na fiscalização dos acidentes de trabalho também prejudica o acesso aos direitos, como os previdenciários. Isso porque o relatório da fiscalização dos auditores do Ministério do Trabalho é importante para comprovação que o trabalhador tem direito ao auxílio-acidente. No entanto, a fiscalização demora semanas para ocorrer, e, quando ocorre, a cena do acidente já foi muito modificada. Mas, em muitos casos, a ação fiscal é feita de maneira indireta, por meio de análise documental, abrindo mão da coleta de provas e depoimentos no local onde ocorreu o acidente.
Todas essas questões serão debatidas com o médico do trabalho do Sindicato, Paulo Eduardo Moura, Chefe do Serviço de Equipamentos de Segurança da Fundacentro, Antonio Vladmir Vieira, e Rogério de Jesus Santos, Assessor da Secretaria de Saúde e Segurança da Força Sindical.
O encontro acontece das 18h às 20h30 e é aberto aos interessados.
Calendário – Além do debate em Cotia, acontece nas próximas semanas encontros em Barueri e Osasco, cada um com temas diferentes. Os interessados precisam se inscrever pelo (11) 3651-7200 (r. 7214).
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Por Cristiane Alves – Assessoria de Imprensa
