Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Itatiba/SP

Crise no setor automotivo provoca 1,5 mil demissões na região de Itatiba

A crise deflagrada nos últimos dias, em montadoras de todo o País, que abriram processos de demissão em massa ou então deram férias coletivas a seus funcionários, já atinge o setor de autopeças da região de Itatiba. De acordo com o Sindicato da categoria, já são mais de 1,5 mil pais de família que ficaram sem trabalho nas últimas semanas.

Diretor financeiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região, José Avelino Pereira, o Chinelo, afirma que a situação é preocupante na região, representada pela entidade sindical também nas cidades de Vinhedo, Itupeva, Louveira, Morungaba e Jarinu.

“Estamos enfrentando um momento preocupante, pois a crise deflagrada em todo o País, nas montadoras de carros e caminhões, está atingindo fortemente a nossa região, onde predominam empresas de autopeças. Não sabemos se essa crise é provisória ou se configura uma pressão ao governo, para redução de impostos, o que favoreceria o setor e retomaria, no mercado, as vendas de veículos novos”, diz Chinelo.

Segundo ele, o Sindicato tem dialogado com as empresas na busca de alternativas para evitar demissões. “Já temos na nossa região empresas que, inclusive, abriram processo de recuperação financeira. Isso é um caso sério, que precisa ser resolvido de alguma maneira. Outras, estão oferecendo a seus funcionários planos de demissão voluntária. Não é o que queremos. O que buscamos é uma reação do governo para evitar o aprofundamento de uma crise que preocupa e muito o setor automotivo”, diz o sindicalista.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Itatiba e Região, Igor Tiago Pereira, se não houver uma reação imediata do governo, a crise pode paralisar um dos setores mais importantes da economia brasileira. “A produção de carros, caminhões e o setor de autopeças é uma espécie de mola propulsora da economia. Quando as finanças dos brasileiros vão bem, eles investem em carros novos, o que movimenta esse mercado. Se há retração, significa que a nossa economia não anda bem das pernas, precisa de uma reação imediata”, afirma.