Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Crise faz sindicato alemão diminuir reivindicação

Agências internacionais

Em meio à crise global e à perspectiva de uma desaceleração econômica generalizada, o maior sindicato de trabalhadores da indústria da Alemanha decidiu fechar um acordo com os empregadores que garante a metade do reajuste salarial que vinham reivindicando.

Com o acordo, o sindicato deixa de lado a ameaça de greve.

Os trabalhadores exigiam um reajuste de 8%. A proposta era criticada pelos empregadores, que alegavam que não tinham condições atender à demanda por causa dos efeitos da crise financeira global. O sindicato acabou aceitando um aumento de 4,2%.

“Não é um resultado que nos deixe eufóricos”, disse o presidente da IG Metall, Berthold Huber, que admitiu que não havia condições de cobrar um reajuste maior. “Na história recente da república alemã, nós nunca tínhamos visto uma situação econômica como essa”, disse ele.

A maior parte dos salários na Alemanha é negociada entre os sindicatos e associações regionais de empresários. Em setembro, quando o IG apresentou sua proposta de reajuste, a previsão era que a economia da Alemanha crescesse 1,2% em 2009. Em outubro, o governo reduziu a projeção para apenas 0,2%.

O acordo fechado ontem diz respeito aos 815 mil trabalhadores representados pelo IG Metall em Baden-Wurttemberg, uma região industrial-chave no país. Mas a expectativa é que o padrão da negociação seja seguido em outros acordos pelo país.