Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Eduardo Metroviche

Metalúrgicos de Osasco e Jandira lotam sede do Sindicato na luta por aumento

Os metalúrgicos das regiões de Osasco e de Jandira mostraram que estão preparados para somar forças ao restante da categoria para parar fábricas, caso não haja acordo com os grupos patronais. Isso ficou claro no seminário de sábado, 13, na sede.

Os trabalhadores querem que o Sindicato intensifique as assembléias nas fábricas para informar os passos da campanha e também querem que todos os companheiros participem da mobilização. Por isso, é importante divulgar as informações da luta, mesmo para aqueles trabalhadores que não estiveram no seminário. “Temos que buscar o interesse de todos”, ressaltou um companheiro de Osasco.

A disposição de luta ficou maior diante das informações passadas pelo presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, sobre as campanhas salariais dos metalúrgicos do ABC e da Grande Curitiba, que só fecharam bons acordos com alguns grupos patronais depois de parar fábricas por vários dias [leia abaixo]. “Agora é a nossa parte, se não tivermos boas propostas, vamos discutir manifestações para pressionar [os patrões] por melhores acordos”, afirmou Jorge.

Eduardo Metroviche

Sindicato explicou aos trabalhadores a composição e a evolução do índice de inflação no período da nossa data-base

Calendário da mobilização – Neste sábado e domingo, 20 e 21, é a vez dos jovens da categoria se engajarem na campanha. Eles estarão no 8º Encontro da Juventude, em Caraguatatuba. A atividade é restrita aos jovens inscritos até o último dia 12.
No sábado, 27, os metalúrgicos que participaram dos seminários realizados para as regiões de Cotia (23 de agosto), Taboão da Serra, Barueri (6 de setembro), Osasco e Jandira (13 de setembro) têm um novo encontro. Desta vez, no Centro Educacional da Federação, em Vargem Grande. Os participantes serão chamados via carta convite que será enviada pelo Sindicato ao endereço do trabalhador.

Metalúrgicos na luta por

Reajuste salarial – a indústria metalúrgica é uma das principais responsáveis pelo crescimento econômico do País e deve dividir com os trabalhadores os ganhos de produtividade obtidos nos últimos meses.

Valorização do piso salarial – queremos uma política de aumento para recuperar o poder de compra do nosso piso, à semelhança do que foi feito com o salário mínimo nacional.

Ratificação da Convenção 158 da OIT – a convenção proíbe demissões sem justificativa, o que pode coibir a alta rotatividade nas fábricas.

40 horas – a redução da jornada pode gerar 1,8 milhão de empregos e melhorar a qualidade de vida do conjunto dos trabalhadores.

Fim das terceirizações – a terceirização irregular precariza as condições de trabalho.