Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Construção puxou alta do mercado de trabalho em 2008, diz IBGE

 

CIRILO JUNIOR

Folha Online, no Rio

A expansão da construção civil no país teve reflexo direto no emprego do setor em 2008, que registrou alta de 14% em relação ao ano anterior. O dado faz parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 2008, eram 6,9 milhões de trabalhadores na construção, o equivalente a 7,5% do total de empregados em todo o país. No ano anterior, 6,7% dos empregados estavam no setor, o equivalente a pouco mais de 6 milhões de pessoas.

O número de empregados no setor denominado outras atividades –inclui serviços terceirizados e os de intermediações financeiras– aumentou 8,4% entre 2007 e 2008. Em 2008, o volume de trabalhadores neste setor representou 7,7% do mercado total. No ano anterior, essa proporção era de 7,3%.

Na indústria, o emprego subiu 2,4% em 2008, passando a representar 15,1% do mercado, com 13,9 milhões de empregados. Em 2007, eram 13,6 milhões de trabalhadores, o equivalente a 15,2% do total, configurando perda de participação.

Os dados da Pnad não contemplam os efeitos da crise, pois foram coletados até setembro, quando se deu o início do período turbulento na economia.

Os trabalhadores no comércio e em atividades de reparação ficaram estáveis, somando 16 milhões de pessoas, o correspondente a 17,4% do mercado.

Na agricultura, houve retração de 2,6% no número de trabalhadores. Em 2008, eram 16,1 milhões, ou 17,4% do total do mercado. No ano anterior, eram 16,5 milhões, que significavam 18,4% do total.

A pesquisa mostra ainda que das 92,4 milhões de pessoas ocupadas em 2008, 58,6% eram empregados. Outros 20,2% trabalhavam por conta própria; 7,2% eram trabalhadores domésticos, 5% eram não remunerados, e 4,5%, empregadores.

A Pnad 2008 investigou 391.868 pessoas em 150.591 domicílios por todo o país a respeito de sete temas (dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento), tendo setembro como mês de referência.