Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Começa a valer hoje imposto menor para carro zero e dinheiro emprestado

Governo isenta veículos 1.0 de IPI, e preço deve cair até 10%. IOF também diminui

Do R7

O governo federal, por meio do Ministério da Fazenda, decidiu diminuir — e até zerar — o imposto sobre a fabricação de veículos e reduzir as taxas para pegar dinheiro emprestado. As medidas, que começam a valer nesta terça-feira (22) e vão até 31 de agosto, prometem aliviar o bolso do brasileiro e estimular o consumo interno.

As montadoras instaladas no País terão o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para carros de até mil cilindradas (1.0) de 7% para zero. De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, “no caso de um automóvel até 1.000 cilindradas, você tem quase 10% de redução de preço”.

Para veículos importados, o imposto cai de 37% para 30%. No caso de veículos de até duas mil cilindradas (2.0), a alíquota para modelos a álcool e flex cairá de 11% para 5,5%. Por fim, os importados terão corte no imposto de 41% para 35,5%.

Os utilitários montados no País também tiveram incentivo: IPI passa de 4% para 1%. Nesse grupo, a alíquota dos importados passa de 34% para 31%.

No caso dos empréstimos, todas as operações de crédito para pessoas físicas terão redução do IOF de 2,5% para 1,5% ao ano. Isso quer dizer que tomar dinheiro emprestado vai ficar mais leve no bolso do brasileiro.

Em contrapartida, os fabricantes de veículos no País se comprometeram a não demitir funcionários e repassar os descontos ao consumidor final, enquanto os bancos vão oferecer, além dos juros menores, maior prazo para quitar a dívida.

Guido Mantega assegurou que os bancos se comprometeram a aumentar o volume de crédito para aquisição de automóveis, ampliar o número de parcelas e reduzir a entrada para aquisição de veículos, além de reduzir as taxas de juros.

Os bancos terão mais dinheiro para emprestar porque o Banco Central “abriu mão” de R$ 18 bilhões do recolhimento compulsório, dinheiro que as instituições financeiras são obrigadas a deixar depositadas no próprio BC.

Esse montante, que representa 10% do total de crédito concedido pelo segmento, será usado para “novas operações de crédito para financiamento de automóveis e de veículos comerciais leves”, segundo nota oficial divulgada pelo BC ontem.

A renúncia fiscal do governo por causa dessas reduções de impostos ficará na casa dos R$ 2,1 bilhões, segundo o ministro da Fazenda.