Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Metalúrgicos de Mococa/SP

Com data-base em novembro, metalúrgicos se preparam para a campanha 2020

Foto de arquivo

Retomada da indústria impulsionará sindicatos na mobilização da categoria metalúrgica pela renovação das cláusulas da Convenção Coletiva

Diante do quadro de recessão ainda existente no País, é uma boa notícia saber que a indústria, mesmo que de forma lenta e gradual, começa a se recuperar economicamente.

Para o Sindicato dos Metalúrgicos de Mococa e região, este primeiro passo da indústria com melhorias na produção servirá de parâmetro para desde já a categoria metalúrgica se preparar para as negociações da campanha salarial deste ano (data-base: novembro).

“A classe patronal e os empresários receberam e ainda recebem ajuda do governo para manter seus negócios e suas atividades econômicas de pé nesta pandemia do Coronavírus. Para os trabalhadores, nada!”, critica Francisco Sales Gabriel Fernandes, o Chico, presidente do Sindicato e vice-presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de SP.

Chico lembra que não tivemos nem uma medida provisória ou portaria favoráveis à classe trabalhadora e ao movimento sindical. “O patronato teve chances e alternativas: a desoneração da folha de pagamento e a medida da redução de jornada e salário, por exemplo, e tem ainda muita ajuda financeira”.

Para enfrentar estes tratamentos desiguais no mundo do trabalho é necessário muita união e mobilização. “É hora de nos prepararmos desde já, com reuniões e assembleias, inclusive virtuais, para a renovação das cláusulas sociais, sindicais, jurídicas e econômicas”.

A campanha salarial da Federação é unificada e reúne 54 sindicatos filiados em todo o Estado de SP, representando cerca de 800 mil metalúrgicos com data-base em novembro.

Os sindicatos também lutarão na campanha pelo fim do desemprego, pela garantia da ultratividade das convenções coletivas (item vetado pelo governo ao sancionar a MP 936), pelo prolongamento do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro (“Nenhum real a menos – que ninguém fique sem receber”) e por mais medidas que garantam a saúde e a segurança dos trabalhadores e das trabalhadoras nas fábricas contra o contágio do coronavírus.