Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Os presidentes do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Miguel Torres, e da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, estão em Brasília para defender mudanças na medida provisória (MP) 540, que estabelece que os carros fabricados no País tenham, no mínimo, 65% de conteúdo regional (produzidos no Mercosul).

Os sindicalistas querem a elevação deste percentual para 80%, já se reuniram com o líder do governo, deputado Cândido Vacarezza, e pediram ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia, o adiamento da votação da MP, que está na pauta desta quarta-feira.

Atualmente, os 65% previstos representam apenas 21% do total do veículo, que pode ser complementado por até 35% de importados. Isto acontece porque a legislação determina que os 65% sejam calculados sobre o faturamento da montadora e não sobre o valor gasto com os componentes que formam o veículo.

Assim, além dos gastos com o processo de produção (mão de obra, energia e infraestrutura), as montadoras incluem na conta custos administrativos, de publicidade e lucro, reduzindo o percentual de componentes nacionais na produção para 21%.

“O aumento do percentual para 80% corresponderia a um índice efetivo de 36% de conteúdo nacional de peças no total do veículo fabricado aqui, além de garantir maior participação da indústria na produção e os empregos no setor”, afirma Miguel Torres.

A CNTM (Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos) e a Força Sindical elaboraram uma Proposta para Conteúdo Nacional – Novo regime Automotivo com objetivo de incrementar o índice de conteúdo nacional local/regional na produção de peças automotivas e de veículos no Brasil.

Por Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes e Redação CNTM