Caiu como uma luva para os empresários a anunciada reforma nas leis trabalhistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que vai retirar direitos dos trabalhadores.
Em reunião no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Palácio do Planalto, Lula falou em flexibilizar a CLT, garantindo contratos especiais a um exército de jovens de 15 a 24 anos de idade. Lula disse que não é possível que leis feitas em 1943 não precisem de mudanças em 2007, 2008. São 50 anos. O mundo do trabalho mudou.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos defende a modernização da legislação trabalhista com a desoneração da folha de pagamento para possibilitar àqueles que dão emprego de pagar menos impostos como o INSS, porque metade desse valor vai para o faturamento dessas empresas. As empresas que ganharem e desempregarem mais terão de pagar mais impostos, como os banqueiros e os grandes grupos econômicos que terceirizam e dobram seus faturamentos.
Lula declarou ainda que hoje o cenário é diferente dos anos 1970 – quando presidia o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e liderava as grandes greves. Disse que hoje se você falar peão, os caras reagem dizendo que não são mais peão. Isso porque os metalúrgicos já fizeram universidade, curso de especialização e estão em outro patamar.
Não acreditamos que o presidente Lula defenda as reformas e o desemprego. Ou que ele pretenda retirar direitos do trabalhador. Apoiamos sim a modernização da legislação trabalhista e a CLT, mas nunca que o presidente acabe com a CLT nem com os direitos dos trabalhadores.
