Daniel CardosoReunião de sindicalistas com ministros Mantega, Mercadante e Pimentel,
no dia 15 de setembro, no Ministério da Fazenda
Foi positiva a decisão do governo de aumentar em 30% o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) dos veículos importados fabricados fora do Mercosul e de manter o imposto para as montadoras instaladas no Brasil que fabricarem veículos com, no mínimo, 65% de conteúdo nacional.
A medida, que visa frear as importações que estão prejudicando a indústria nacional, é, porém, insuficiente. “Queremos contrapartidas sociais e ambientais, fim das demissões (que chega a 30% no setor), controle ambiental, piso salarial único e redução da jornada de trabalho, entre outras reivindicações do movimento sindical”, afirma Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes.
“O próximo passo é pedir uma reunião com o governo para discutir estes novos critérios para o setor e as nossas reivindicações trabalhistas”, afirma Carlos Lacerda, que participou da reunião como representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos/CNTM.
Lacerda, que é Secretário para Assuntos Parlamentares da CNTM, sugeriu na reunião com os ministros a inclusão de outros setores como, por exemplo, vestuário, químicos, eletrônicos e brinquedos. “A sugestão foi muito bem recebida”, afirma.
Ele apresentou produtos importados que poderiam ser produzidos no Brasil com muito mais qualidade e alcance social. “Nós, da CNTM, estamos há muitos anos apontando o problema da desindustrialização, da pirataria e do contrabando. As medidas tomadas pelo governo são, portanto, um avanço na luta em defesa da indústria nacional e dos empregos no Brasil”.
Daniel Cardoso
Lacerda e ministro Pimentel
Daniel Cardoso
Lacerda e ministro Mantega