Todos os anos, através da mobilização do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, nós metalúrgicos e metalúrgicas, entramos em campanha salarial sempre insistindo em reivindicações básicas, relacionadas com a reposição dos valores de nossos salários e avançamos, também, para questões de natureza social.
Este ano, a partir do dia 26, estaremos todos juntos, com todos os sindicatos filiados à Força, na frente da Fiesp. Vamos ampliar nossa campanha salarial com o seguinte cardápio: 40 horas semanais; Aumento real; Reposição da inflação; Controle da da rotatividade da mão de obra; Piso salarial; Fim do teto para reajuste; Espaço para o Sindicato na integração dos trabalhadores e Licença Maternidade.
Ou seja, à medida que avançarmos nas negociações vamos confirmar nossa lista de reivindicações.
Os patrões, temos que lembrar como o fazemos todos os anos, já estão instruindo seus advogados e chefias para começar o “chororô”. É sempre a mesma ladainha.Mas desta vez vamos atuar em várias frentes.
A partir das reuniões no Sindicato vamos sustentar as negociações técnicas, provando para as empresas que elas estão muito bem de finanças, num ambiente de economia em expansão e, portanto, o aumento real, a reposição da inflação, a definição do piso salarial, a garantia de participação do Sindicato na integração dos trabalhadores e o fim do teto para reajuste serão questões que trataremos diretamente com as empresas.
Para tanto, temos que mostrar mobilização, dentro e fora das fábricas. E deixar claro que estamos dispostos, de verdade, a defender nossos interesses até o fim.
Na frente política, vamos pressionar a Câmara dos Deputados e o Senado para dar prosseguimento da assinatura da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que vai gerenciar a sangria desatada da rotatividade que só interessa aos patrões.
Pois através da rotatividade as empresas eliminam nossas conquistas a cada campanha salarial.
Vamos também manter nossa mobilização a favor da implantação da licença maternidade de seis meses. E confirmar, ainda este ano, as 40 horas semanais, sem redução dos salários, para possibilitar a criação de mais 2,5 milhões de empregos.
Além do grande ato na FIESP, o Sindicato também vai organizar quatro atos de mobilização da categoria.
O primeiro será no dia 20 de agosto, no páteo da Magneti Marelli, e vai mobilizar mais de 3 mil trabalhadores das seguintes empresas: Fundição Tupy, Magneti Marelli, Eluma Capuava, TRW, Prysmian, Hayes Lemmers e Eden.
O segundo ato acontecerá, no dia 27/08, na região industrial de Sertãozinho e vai contar com mais de 2 mil companheiros.
Por Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá
