Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Centrais sindicais listam setores mais prejudicados

Michele Loureiro

As centrais sindicais tem até o dia 15 de maio para listar os setores mais prejudicados e com o maior número de demissões em decorrência da crise econômica mundial. O objetivo do relatório é conseguir a ampliação do seguro-desemprego para esta parcela de trabalhadores.

“Os setores mais prejudicados, que necessitam de atenção do governo, são a construção civil, metalúrgico, frigorífico e o setor de call center”, avaliou o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força.

De acordo com o sindicalista, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, prometeu que os setores lesados terão o benefício ampliado. “O ministro afirmou que é inviável ampliar o seguro-desemprego de todos os trabalhadores, mas com certeza os trabalhadores mais prejudicados terão acesso”, enfatizou Paulinho.

Pela legislação atual, o seguro-desemprego é pago de três a cinco parcelas, dependendo do tempo de trabalho registrado em carteira. Desde o final de março, no entanto, já está valendo a ampliação em mais duas parcelas do seguro-desemprego para alguns setores, entre eles, o metalúrgico.

O grupo de sindicalistas que se reuniu, em Brasília, com o ministro pediu a ampliação para 12 o número de parcelas e argumentou que, segundo estudos do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em média, as pessoas demoram 36 semanas para conseguir uma nova recolocação no mercado de trabalho.

De acordo com o presidente da Força Sindical, o ministro pediu que o estudo seja entregue até o dia 15, pois é a data em que haverá a reunião do Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador).

Para o presidente da CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), Carlos Alberto Grana, a medida não é prioridade. “Particularmente acredito que o governo deve apostar na ampliação de crédito e na desoneração tributária como forma de recuperar a economia”, declarou o ex-integrante do Codefat, que completou, “o incentivo às exportações também é uma medida que deve ser retomada o quanto antes. Ampliar o número de parcelas do seguro-desemprego não resolve o problema”.