O documento foi entregue aos secretários de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco Leal, e do Trabalho, Bruno Dalcolmo, que, de acordo com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, se comprometeram a estudar o documento, que traz propostas para resolver os problemas econômicos e sociais enfrentados pelo País e agravados pela pandemia do coronavírus (Covid-19).
Miguel Torres ressaltou que uma das propostas é manter o auxílio emergencial de R$ 600,00 (R$ 1.200,00 para mães chefes de família), aprovado pelo Congresso Nacional, até o mês de dezembro. A Lei previa o pagamento de três parcelas. No final de junho, o governo decidiu pagar mais duas parcelas. “Ressaltamos a importância de mantermos os empregos e a renda neste período de pandemia”.
Durante o ato pela manhã, ainda do lado de fora do Ministério da Economia, o presidente da CUT, Sérgio Nobre, defendeu que o benefício seja permanente. “Precisamos de um programa de renda emergencial enquanto durar a pandemia, porque não tem emprego agora. Parte importante da população está vulnerável e precisa do auxílio para poder sobreviver”.
Segundo o representante da CSB, Flávio Werneck, a reunião começou tensa pois o secretário alega que as denúncias internacionais contra o governo dificultam o diálogo com os representantes dos trabalhadores. O representante do Ministério da Economia disse que o governo não pretende manter o auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro devido às restrições fiscais e que não cogitam emissão monetária para isso.
Os representantes das centrais argumentaram que se o governo abrir uma mesa de diálogo para solucionar os problemas que envolvem a proteção dos trabalhadores, novas propostas podem ser trazidas.
De acordo com os sindicalistas, os secretários se comprometeram a marcar uma nova reunião com todas as centrais para discutir as propostas apresentadas pelas centrais. “Eles se mostraram dispostos a dialogar com o movimento sindical”.
As centrais também levaram ao Ministério o drama dos trabalhadores em aplicativos de entregas, que fizeram paralisação nacional no dia 1° de julho, por condições mais justas de trabalho, e já marcaram outra paralisação para o dia 25 porque não tiveram resposta alguma das empresas.