Fotos de André Nojima
Clementino Vieira, presidente da CNTM, defende a intensificação da luta pelas 40 horas
A Força Sindical e outras centrais realizaram nesta quarta-feira [02], o ato de lançamento do painel da redução da jornada de trabalho. A atividade foi realizada às 09h, na Boca Maldita, em Curitiba, onde um grande mural foi montado para mostrar à sociedade o posicionamento dos parlamentares paranaenses sobre a PEC 231/95, que prevê a redução da carga horária semanal de trabalho de 44 para 40 horas.
A iniciativa conjunta das centrais que atuam no Paraná tem também o objetivo de pressionar os deputados que se declararam indecisos ou contrários à PEC a reverem suas intenções de voto. O painel ficará exposto sempre de segunda a sábado, até o dia 30 de dezembro. Em janeiro as centrais sindicais do Paraná se reúnem para definir estratégias de intensificação da campanha pelas 40 horas.
André Nojima
Placar das 40 horas em Curitiba
Sobre a PEC 231/95
A Proposta de Emenda à Constituição nº 231, de 1995, de autoria do então deputado federal, hoje senador, Inácio Arruda [PCdoB/CE], além de reduzir a jornada, sem diminuir salários, aumenta o adicional de hora extra de 50% para 75% do valor da hora trabalhada. Outros fatores que impulsionam a luta das centrais sindicais pela aprovação da PEC são o potencial de geração de 2,2 milhões de novos empregos, de acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos [Dieese], e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores, que terão mais tempo para a qualificação profissional e o lazer.
É fruto de consenso de todo o movimento sindical brasileiro que a redução da jornada é a luta prioritária na atual conjuntura. A matéria já recebeu parecer favorável à aprovação pelo relator, deputado Vicente Paulo da Silva [PT/SP], e aguarda a votação em Plenário. O presidente da Câmara Federal, Michel Temer [PMDB/SP], afirmou que vai indicar a data para apreciação da PEC após debate com o Colégio dos Líderes Partidários. No entanto, na primeira reunião entre os parlamentares das bancadas dos trabalhadores e do empresariado, realizada no dia 19 de novembro, ficou definido que a votação não ocorrerá neste ano.
Fonte: www.simec.com.br