Centrais reafirmam pauta e ação comum para enfrentar crise e desemprego.
Em reunião realizada na sede da Central dos Trabalhadores do Brasil, em São Paulo, na quinta-feira, 15/01/09, as centrais sindicais Força Sindical, CGTB, CTB, Nova Central Sindical e UGT, analisando os impactos da crise financeira internacional sobre a economia brasileira e o emprego, decidiram firmar um Pacto de Ação Sindical com um programa com medidas emergenciais a ser apresentado aos governos federal e estaduais visando manter a atividade econômica num patamar adequado para garantir os empregos.
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Boa parte da reunião foi dedicada à informação e ao debate das negociações mantidas entre a Fiesp e a Força Sindical. Segundo Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, a iniciativa da central de negociar diretamente com a Fiesp já surtiu efeito, pois milhares de demissões foram adiadas à espera de um acordo satisfatório.
“A crise já se arrasta há 3 meses e as empresas estão demitindo adoidado. Há informações não-oficiais que dão conta que, somente no mês de dezembro de 2008, cerca de 600 mil empregos foram eliminados. Num quadro agudo como este, estamos sim analisando todas as possibilidades de acordo, nos marcos da legislação vigente, visando garantir o emprego”.
Segundo Paulinho, a manutenção do nível de emprego depende da orientação econômica do governo. “O governo precisa agir de forma eficiente e rápida, buscando manter a atividade econômica. É necessário reduzir drasticamente a taxa básica de juros e o spread bancário, como estão fazendo a grande maioria dos países. A crise é basicamente uma crise de crédito. Para enfrentar a desaceleração da economia e o desemprego, é necessário afrouxar a política monetária, incentivar o consumo com medidas que estão ao alcance do governo e da equipe econômica”.
A Força Sindical, atendendo ao apelo das demais centrais, suspendeu por 10 dias as negociações com a Fiesp, para retomar os contatos com o governo federal. “O que queremos é construir um grande entendimento a favor de medidas para aquecer a economia e preservar empregos. A unidade das centrais e a participação do governo federal, através do presidente Lula e do Ministro do Trabalho Carlos Lupi é fundamental neste processo”.
Assessoria de Imprensa da Força Sindical