Jornal Dia a Dia
As Centrais Sindicais (CGTB, CTB, Força Sindical, Nova Central e UGT) e os movimentos sociais no Rio de Janeiro realizaram reunião na terça-feira (10), na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Instalações Elétricas do Rio de Janeiro (Sintraindistal), para definir os últimos detalhes do ato pela redução acelerada das taxas de juros que acontecerá no próximo dia 17, em frente ao Banco Central. A CUT não participou do encontro, mas avisou que também estará presente na manifestação em frente ao BC.
“A partir desta quinta-feira (12) vamos distribuir para a população e para as nossas bases 10 mil manifestos denunciando essas taxas de juros de escorcha que têm beneficiado os banqueiros, ao invés de ser investido em saúde, moradia e educação. Cada ponto percentual de juro é equivalente a R$ 15 bilhões”, disse Ernesto Belmiro, presidente do Sintraindistal e 1º vice-presidente da CGTB Nacional.
Veja abaixo o Manifesto das Centrais Sindicais e dos movimentos sociais:
Por menos juros e mais empregos, Centrais Sindicais e movimentos sociais voltarão a protestar na porta do Banco Central
No próximo dia 17 de janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizará a primeira reunião de 2012 para discutir a taxa básica de juros. Apesar das últimas quedas do índice, o Brasil continua ainda com o vergonhoso título de campeão com as mais altas taxas de juros no mundo. Situação que apenas favorece os especuladores do sistema financeiro e prejudica a produção industrial, provocando uma estagnação econômica no país e, consequentemente, a quebra das empresas e as demissões dos trabalhadores.
Diante disso, as centrais sindicais CGTB, CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central e UGT, junto com os movimentos sociais, estão mais uma vez convocando a população para protestar contra esse absurdo que só prejudica nosso país. No dia 17 de janeiro, às 11h, faremos uma manifestação em frente à sede do Banco Central, no Rio de Janeiro (Av. Presidente Vargas, 730), para exigir a redução drástica dos juros brasileiros.
O mundo hoje passa por uma forte crise econômica internacional e o Brasil precisa tomar medidas para não importar essa crise. Nossa meta é fortalecer a luta por mais emprego e produção. Queremos juros baixos, valorização do trabalho e desenvolvimento nacional. Um país como o nosso, com urgente necessidade de crescer e se desenvolver, não pode se dar ao luxo de transferir enormes volumes de capital na forma de renda improdutiva.
Para o Brasil crescer é necessário fortalecer a indústria de transformação e desenvolver o mercado interno, orientado por um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, soberania nacional e aprofundamento da democracia. Portanto, a redução da taxa básica de juros aliada a uma política industrial ativa é fundamental para preservarmos postos de trabalho e continuarmos a crescer com emprego e renda.