Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Notícias

Centrais definem pauta unitária para a Conferência de Comunicação

 

As Centrais Sindicais querem chegar unidas à 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), que acontece em Brasília de 14 a 17 de dezembro. O esforço das lideranças de CUT, Força Sindical, Nova Central, UGT, CTB e CGTB, que se reuniram nesta quarta (21), em São Paulo, na sede da UGT, é definir pontos que representem a posição sindical nacional sobre o novo marco regulatório da comunicação brasileira.

“O sindicalismo tem marchado unido em questões importantes como salário mínimo, jornada de 40 horas, redução dos juros e fim do fator previdenciário. Essa unidade é imprescindível agora na definição de um tema tão estratégico quanto a comunicação”, afirmou Sebastião Soares, representante da NCST. Para Sebastião, “o avanço da democracia exige a democratização da comunicação, que hoje atende apenas os interesses do grande capital”.

A sindicalista Rosane Bertotti, Secretária Nacional de Comunicação da CUT, fez um histórico das ações do movimento social, argumentando que a própria realização da Confecom já é uma conquista. Rosane criticou a postura dos empresários: “Eles querem fazer uma Conferência que atenda apenas seus interesses empresariais”. Para a dirigente da CUT, “é covardia” a ameaça dos patrões da mídia de não participar da Conferência.

O jornalista e escritor Altamiro Borges, autor do livro “A ditadura da mídia” foi convidado pelas Centrais para expor suas propostas de fortalecimento e democratização da comunicação nacional. Segundo Altamiro, “pela primeira vez se debate comunicação no Brasil, e essa é nossa primeira vitória”. Ele lembrou que esse debate está atrasado: “Basta dizer que a Saúde já realizou 13 Conferências e numa delas nasceu o Sistema Único de Saúde”.

Propostas

1) Fortalecer a rede pública de comunicação;
2) Estabelecer um novo marco regulatório para o setor;
3) Fortalecer as rádios e TVs comunitárias e combater a repressão do Estado a essas mídias;
4) Ampliar e massificar a inclusão digital: banda larga para todos;
5) Fixar novos critérios para a publicidade oficial, que beneficia os grandes veículos da mídia;
6) Novas formas de concessão pública;
7) Controle social.

Presenças – A UGT foi representada por Marcos Afonso, seu diretor de Comunicação; a CUT por Rosane Bertotti, secretária nacional de Comunicação; a Força por João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral; a CTB por Eduardo Navarro, secretário de Comunicação; a CGTB por Ubiraci Dantas, vice-presidente. Participaram cerca de 40 sindicalistas, além de entidades ligadas à democratização da mídia. A TV Aberta São Paulo (NET 9, TVA 72) cobriu o encontro, devendo levar ao ar uma reportagem sobre o evento numa das próximas edições do Câmera Aberta Sindical.