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Brasil terá 55,5 milhões de idosos em 2040


MAIS VELHOS IRÃO REPRESENTAR 27% DA POPULAÇÃO DO PAÍS EM 30 ANOS. SEGUNDO ESTUDO, SERÁ PRECISO INVESTIR MAIS EM PREVIDÊNCIA

A população de idosos no Brasil deverá ser quase quatro vezes maior que a atual em 2040. Uma pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), ligado à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, aponta essa população irá passar dos 14,5 milhões, em 2000, para 55,5 milhões.

Segundo o estudo, em 2000 os idosos representavam 8,6% da população brasileira. Em 2040, eles deverão chegar a 26,8% da população, sendo que 23,5% desse total deverá ter mais de 80 anos, contra os 12,6% atualmente.

“Além da questão da cidadania e da manutenção dos avanços na proteção social desde a Constituição de 1988, precisamos aprofundar os estudos e o planejamento de uma série de novas políticas para o idoso”, afirma Helmut Schwarzer, secretário de Previdência Social do Ministério.

O estudo aponta que o crescimento da participação dos idosos é significativo e deverá exigir mudanças, especialmente relacionadas à dependência de quem tem mais de 80 anos. Esse segmento, ainda de acordo com o estudo, tem maior probabilidade de perder autonomia por causa da deterioração de suas condições físicas e mentais.

Outro ponto que deverá obrigar o país a investir nesse segmento é o fato de cada vez mais mulheres trabalharem e de o tamanho das famílias diminuírem. Com isso, há uma redução na capacidade de as próprias famílias cuidarem de seus idosos.

Assistência social

O Ipea aponta que serão necessários investimentos em Previdência Social, já que, no futuro, o número de aposentadorias e pensões deverá aumentar. As políticas de prevenção e tratamento de doenças crônicas deverão ser fortalecidas e ampliadas para garantir a saúde dos idosos.

“Do ponto de vista da assistência social, surge a demanda por inovações quanto à organização da oferta de serviços e de atendimentos especiais”, informa o Ipea. Segundo o instituto, esses serviços deverão ser prestados, preferencialmente, em domicílio.

(Paulo Muzzolon)