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Brasil sobe 8 posições em lista de competitividade

Da 72ª posição em 2007, país avança para a 64ª

DA EFE

O Brasil subiu oito posições, passando do 72º para o 64º lugar, no ranking de competitividade, que consta do relatório anual do Fórum Econômico Mundial, divulgado ontem.

O Fórum classifica os EUA como o país mais competitivo do mundo. Segundo o relatório, a economia americana é capaz de suportar as mudanças no ciclo econômico e os episódios de choque, devido às “características estruturais que a tornam extremamente produtiva”.

O documento acrescenta que, “apesar das preocupações por suas fragilidades macroeconômicas, especialmente no setor bancário, outros aspectos seguem fazendo dos EUA um país muito produtivo”.

Mesmo reconhecendo que a crise financeira atual, que tem sua origem no mercado imobiliário americano, gerou desequilíbrios macroeconômicos expressivos por repetidas situações de déficit fiscal, que lhe levaram a grandes níveis de endividamento público, o Fórum destaca a capacidade americana de inovação.

A Suíça ocupa o segundo lugar, seguida por Suécia, Finlândia, Cingapura, Alemanha, Holanda, Japão e Canadá. Para o professor e co-autor do estudo, Xavier Sala-i-Martin, a volatilidade financeira atual “ressalta que um ambiente econômico propício à competitividade pode ajudar as economias a combater esse tipo de choque”.

Entre os Bric (grupo de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China), a China ficou em 30º lugar, a Índia, em 50º, e a Rússia, em 51º.

Entre as vantagens atribuídas ao Brasil, encontram-se “o tamanho de seu mercado, o acesso a um dos mercados financeiros mais sofisticados da região e sua capacidade de absorver e adaptar tecnologia estrangeira”. Como desafios que deve enfrentar, o Fórum menciona o alto nível da dívida brasileira e a desconfiança do meio empresarial em relação às instituições públicas.

O Chile foi considerado o país latino-americano com melhor índice de competitividade, em 28º lugar, seguido do Panamá (58º) e da Costa Rica (59º). O êxito do Chile, segundo o relatório, deve-se a uma “gestão macroeconômica coerente associada à liberalização do mercado e à abertura do comércio”. O México perdeu oito posições, caindo para a 60ª posição.