O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), pré-candidato à prefeitura de São Paulo nas eleições municipais deste ano, participou de um bate-papo com os diretores e diretoras do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. Foi nesta segunda, 19 de fevereiro de 2024, na sede do Sindicato, no bairro da Liberdade, na abertura da tradicional reunião da diretoria.

Boulos falou das propostas que colocará em prática caso seja eleito e respondeu perguntas dos diretores e diretoras sobre diversas áreas (saneamento, transporte, mobilidade urbana, mais linhas de metrô, indústria da multa, especulação imobiliária, plano diretor, fakenews, juventude, mulher, industrialização e empregabilidade).

Propostas – Na ocasião, o presidente Miguel Torres (Força Sindical, CNTM e Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes) entregou-lhe um documento com as propostas do Sindicato para o Desenvolvimento Econômico e Social de São Paulo (visando a reindustrialização da capital paulista, a geração de empregos e a inclusão social). Clique aqui e acesse!

“O município de São Paulo tem o 3º maior orçamento do País, atrás apenas dos orçamentos do Brasil e do Estado de SP. O que falta é um projeto com visão de futuro, para que os investimentos ampliem as oportunidades de emprego e desenvolvimento”, disse Boulos.

Ele defende uma matriz industrial baseada na indústria verde, na eletrificação e energias limpas no transporte, na inovação tecnológica, com políticas de desenvolvimento local, reduzindo a distância da moradia com o local de trabalho, gerando empregos na periferia, incentivando a formação em TI (tecnologia em informação). Disse que se eleito irá atuar para reativar o Centro de Solidariedade ao Trabalhador, que foi uma grande iniciativa para a geração de emprego e qualificação profissional.

Sobre as cracolândias, espalhadas por toda a cidade, Boulos pretende atuar em 3 linhas: segurança pública, tratamento de saúde (com CAPs móveis) e resgate com acolhimento humanizado, abrigos decentes, frentes de trabalho e geração de renda para garantir que as pessoas possam futuramente ter moradias próprias.

Para o combate à violência contra a mulher, Boulos defende equipar a patrulha guardiã Maria da Penha, a delegacia da mulher 24h e as casas abrigos para as vítimas de violência doméstica e familiar (é de sua autoria uma emenda com este mesmo tema no programa Minha Casa, Minha Vida).

Boulos não concorda com a indústria da multa. Para ele, cuidar do trânsito precisa ser de forma pedagógica, educacional. Sobre os jovens, para Boulos é preciso dialogar muito com eles, inclusive pelas redes sociais, lembrando que as taxas de jovens filiados, por exemplo, aos partidos e sindicatos são atualmente muito pequenas. Com relação à questão do saneamento básico, Boulos sugere a ampliação de coletores troncos, com sistemas de tratamento local.

Democracia – A frente democrática encabeçada por Boulos e Marta Suplicy (pré-candidata a vice-prefeita) é atualmente formada pelos seguintes partidos: PSOL, PT, PCdoB, PV, Rede e PDT. Esta frente, segundo Boulos, está sendo ampliada com a participação de setores da classe média, do empresariado, dos movimentos sociais e sindicatos e de lideranças políticas mais ao centro, mas que são democráticas.

Ampliar a representatividade legislativa – Miguel Torres alertou que conquistamos com uma frente democrática ampla a eleição do presidente Lula, mas não um legislativo progressista, e que a sociedade ainda está muito dividida. Sobre este assunto, Boulos reafirmou que a base do governo Lula é de apenas 1/3 no Congresso Nacional, precisando o governo de muita articulação para avançar as políticas públicas em benefício do povo, é que é necessário na Câmara Municipal de São Paulo serem eleitos de 20 a 25 vereadores progressistas, compondo a sua base no legislativo municipal, para que, caso eleito prefeito, seus projetos sejam aprovados e colocados em prática.

Boulos, além das políticas para São Paulo, lembra que as eleições municipais deste ano são também para vencer mais uma batalha contra o “bolsonarismo”. “Nossa responsabilidade política é garantir mais democracia e mais participação popular”, finalizou Boulos, dizendo ter sido uma honra vir ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, pela importância histórica de nossa entidade para a democracia e para o desenvolvimento econômico e social da classe trabalhadora.