O lamentável fato ocorrido com o senador (licenciado) Cid Gomes, em Sobral, me relembrou um bate papo com alguns moradores de Fortaleza no início dos ataques ao Ceará, minha terra natal.
Os moradores diziam que alguns policiais fardados, que praticam diversas atrocidades, disputam espaço com o crime organizado com a vantagem de usarem equipamentos do Estado.
Ao invés de combaterem o crime, se escondem atrás da fardas, aliciam corporações e também jovens que praticaram pequenos delitos, usando de tortura física e psicológica para que estes jovens danifiquem o sistema público de transporte, limpeza, mobilidade e lazer, abrindo um confronto direto com o corpo saudável do Estado e colocando o terror na população.
“Temos gente ruim em todos os cantos, inclusive na polícia”, me disseram, com muita preocupação.
Os grupos de milicianos que agem no Brasil inteiro e, recentemente, fortemente no Ceará, infelizmente, em vez de serem punidos e afastados das corporações estão sendo é “condecorados” com as atitudes, palavras e exemplos do atual presidente da República, o senhor Jair Messias Bolsonaro.
Um político que sempre enalteceu a violência, a perseguição, a tortura e a morte de adversários, e que hoje na presidência favorece os maus patrões, governa para a elite, impede a retomada do desenvolvimento com justiça social e ataca a democracia, o diálogo e a imprensa, inclusive difamando de forma desumana e machista uma jornalista da Folha de S.Paulo.
Fica aqui nossa indignação. Merecemos um País melhor e um Ceará em Paz.
Maria Euzilene Nogueira
Leninha
Diretora do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes