Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Bancários devem explicar paralisação à Justiça

TRT DEU ATÉ SEGUNDA-FEIRA PARA SINDICATO EXPLICAR QUEBRA DE ACORDO, QUE PREVIA VOLTA AO TRABALHO ONTEM; CATEGORIA DECIDIU ONTEM MANTER GREVE

O TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) intimou o Sindicato dos Bancários a apresentar ao tribunal, até segunda-feira, uma justificativa para a continuidade da greve, já que um acordo feito no tribunal na terça-feira determinava a volta ao trabalho ontem -as negociações seriam feitas com os bancários trabalhando.

A Justiça agora poderá reativar a liminar (decisão provisória) do TRT-SP que determina que 70% dos trabalhadores de cada agência ou centro administrativo de São Paulo trabalhem durante a paralisação. Ela havia sido suspensa como parte do acordo feito nesta semana.

Ontem, quando a paralisação completou dez dias, os trabalhadores decidiram manter a greve menos até segunda-feira. O Sindicato dos Bancários de São Paulo afirmou que, depois de mais de um dia de negociações, não recebeu uma nova proposta da e a Fenaban (Federação Nacional de Bancos). De acordo com a associação, os patrões se comprometeram a avaliar as exigências dos grevistas e a fazer uma nova oferta na segunda-feira, dia 20. A Fenaban não se pronunciou sobre as negociações de ontem.

Os bancários querem aumento de 13,3%, auxílio-creche e vale-alimentação de R$ 415 e vale-refeição de R$ 17,50 por dia. A última proposta apresentada pelos banqueiros foi de reajuste de 9% para quem ganha até R$ 1.500 e de 7,5% para quem tem salários maiores. Em relação à PLR (participação nos lucros e resultados) os trabalhadores exigem que todos os bancos que lucraram paguem o abono, mas a Fenaban propôs, porém, que apenas os bancos com lucros acima de 15% paguem a PLR exigida pela categoria.

(Bruno Saia)