Sérgio Lima/Poder360
As Centrais Sindicais exigem que o auxílio emergencial seja de 600 reais mensais até o fim da pandemia e para todos e todas que precisam. É crucial que o Congresso Nacional coloque em debate e votação a MP 1039 e aprove o benefício neste valor, tendo em vista também o alto custo de vida e os constantes aumentos no preço do gás de cozinha e da energia elétrica, entre outros produtos e serviços essenciais para as famílias mais necessitadas.
O governo Bolsonaro, ao anunciar a prorrogação por prazo e valor insuficientes, na segunda, 5 de julho, mostra ter sentido a forte pressão do movimento sindical, no Parlamento e nas ruas, pelos 600 reais.
Convenientemente, o presidente usa o anúncio da prorrogação do auxílio de apenas 250 reais por três meses para esconder denúncias de corrupção que atingem seu governo e trazem à tona seu próprio nome em casos de prevaricação em contratos para a compra de vacinas, em meio às revelações da CPI da Covid.
Assim, Bolsonaro usa a miséria, para a qual empurrou a população mais vulnerável, para encobrir a profunda crise que atinge seu mandato genocida.
Enquanto os países que têm superado a pandemia e a crise econômica fazem a opção pela expansão monetária, oferta de crédito aos negócios, garantia do auxílio, seguro desemprego, taxação dos ricos, no Brasil, o auxílio tem sido usado pelo governo como moeda política e eleitoral. O auxílio emergencial de 600 reais que vigorou entre abril e agosto de 2020 foi uma conquista do movimento sindical e dos partidos de oposição, que evitou a fome para quase 70 milhões de brasileiros.
Bolsonaro mostrou todo seu descompromisso com o bem-estar do povo e o desenvolvimento do país quando, em setembro de 2020, cortou pela metade o valor do auxílio e, em 2021, além de ter demorado a retomar (o auxílio ficou suspenso por quatro meses), quando o fez determinou o valor irrisório de R$ 250,00 e para menos pessoas.
Tais manobras não nos enganam e não vamos esmorecer! A pressão seguirá cada vez mais forte, alimentada pelas mobilizações nas ruas, nos locais de trabalho e no Parlamento pelos os 600 reais mensais até o fim da pandemia, para todos e todas que necessitam.
#ForaBolsonaro #600ContraFome
São Paulo, 6 de julho de 2021
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Sérgio Nobre, presidente da CUT
Ricardo Patah, presidente da UGT
Adilson Gonçalves de Araújo, presidente da CTB
Antônio Neto, presidente da CSB
José Reginaldo Inácio, presidente da NCST
Ubiraci Dantas Oliveira, presidente da CGTB
Atnágoras Lopes, CSP – Conlutas
Edson Carneiro Índio, Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Emanuel Melato, Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública