No terceiro grande ato de mobilização da Campanha Salarial 2011, realizado nesta sexta-feira, 14 de outubro, pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, em Mogi das Cruzes, milhares de trabalhadores e trabalhadoras da região aprovaram ir à greve se, até o próximo dia 30 de outubro, os patrões não apresentarem uma contraproposta salarial que atenda às reivindicações da categoria.
“Esse foi o prazo dado aos patrões quando entregamos a pauta de reivindicações. No próximo dia 30, vamos realizar assembleia geral na sede do Sindicato, em São Paulo, para deliberar sobre a contraproposta patronal. Se for ruim, vamos começar a parar as empresas”, disse o presidente do Sindicato, Miguel Torres.
Reivindicações
No ato, os trabalhadores referendaram o pedido de aumento real de salário, valorização do piso, redução da jornada de trabalho, PLR para todos, estabilidade aos acidentados e portadores de doenças profissionais, licença-maternidade de 180 dias e inclusão digital. A pauta tem 152 cláusulas, econômicas e sociais.
O presidente do Sindicato reafirmou que o comando de negociação não vai aceitar conversa sobre crise financeira na mesa de negociação.
“Estão dizendo que aumento real de salário vai colocar o Brasil na crise e aumentar a inflação. Pensamos exatamente o contrário, pois é com mais poder de compra que a economia cresce. Nossa resposta será a greve, se não tivermos uma boa proposta de aumento real e outros benefícios”, disse.
Os atos anteriores foram realizados nos dias 4 e 6 de outubro, nas regiões sul e leste da capital, respectivamente, e reuniram mais de 15 mil trabalhadores.
Data-base: 1º de novembro
A Campanha Salarial 2011 é unificada e envolve cerca de 800 mil trabalhadores, representados por 54 sindicatos metalúrgicos ligados à Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo e à Força Sindical.
Por Débora Gonçalves e Val Gomes
Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes
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