Eduardo Metroviche
Jorginho, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco
Jorge Nazareno*
As notícias de que o governo federal estuda conceder incentivos para o setor de máquinas e equipamentos, divulgadas na semana passada pela imprensa, vêm ao encontro do que reivindica o movimento sindical metalúrgico, que tem dialogado com empresários do setor para definir uma linha de trabalho conjunto em prol da manutenção do emprego e em prol da construção de um plano de longo prazo que garanta a este setor estratégico para o país a atenção que lhe é devida.
O corte de 17 mil vagas desde outubro do ano passado significou a perda de emprego e renda para muitos outros trabalhadores que estão nas empresas da cadeia produtiva do setor.
Além disso, nunca é demais lembrar, que a produção de máquinas e equipamentos é uma alavanca para outros setores da economia; logo, o investimento neste setor gera um circulo virtuoso extremamente importante neste momento de crise econômica.
É preciso estimular tanto os clientes do setor quanto os próprios fabricantes, por meio de uma tributação diferenciada e de linhas de crédito que mostrem aos clientes que é vantajoso investir em maquinário, preparando as empresas para um novo período de crescimento.
O governo federal também precisa encontrar alternativas para o câmbio para assim barrar a importação indiscriminada de máquinas e equipamentos, uma prática que tem prejudicado a produção nacional, que gera emprego, renda e tributos em nosso País.
Ao mesmo tempo, não deve haver nenhuma concessão, nenhum beneficio sem que haja o compromisso firme e oficial por parte dos empresários do setor com a manutenção do emprego, com o fim das demissões e com a recontratação de trabalhadores demitidos nos últimos meses, assim que o setor se reaquecer. Essa é uma condição sem a qual nenhuma negociação, nenhuma conversa deve progredir.
Nas conversas que temos mantido com o setor, os empresários apresentam propostas sem dúvidas importantes para a construção de um projeto de longo prazo que coloque o país na dianteira da produção de bens de capital. Mas é fundamental que empresários e governo tenham em vista que a manutenção dos postos e de condições de trabalho decentes é também um compromisso que o setor deve assumir com o País. É com esse olhar que acompanhamos essas negociações.
* Jorge Nazareno – presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e diretor da CNTM
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Cristiane Alves
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