Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

Taxa das seis regiões pesquisadas ficou em 12,6% no mês passado.
Desemprego teve queda apenas em Belo Horizonte e São Paulo.

 Do G1, em São Paulo

Depois de alcançar em dezembro a menor taxa da história, de 12,5%, a taxa de desemprego registrou leve alta no conjunto das seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em janeiro. Nesses locais, a taxa de desemprego foi estimada em 12,6% em janeiro.

Apesar da alta, a taxa é a menor para um mês de janeiro desde o início da pesquisa, em 1998.

O número de desempregados nas seis regiões (Distrito Federal, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo) foi estimado em 2,528 milhões de pessoas, abaixo dos 2,532 estimados no mês anterior. A taxa de desemprego ficou maior, no entanto, porque a população economicamente ativa estimada nesses locais também ficou menor, passando de 20,206 milhões para 20,063 milhões.

Segundo o levantamento do Dieese, foram fechados, no mês passado, 139 mil postos de trabalho – número semelhante ao de pessoas que se retiraram do mercado de trabalho, que somaram 143 mil. Com isso, o total de ocupados foi estimado em 17,535 milhões de pessoas. 

Setores

Na passagem de dezembro para janeiro, houve crescimento do número de postos de trabalho apenas na indústria, que criou 20 mil novas vagas. O maior corte de empregos foi registrado no setor de serviços, com 64 mil ocupações a menos.

No comércio, foram fechadas 42 mil vagas. Já a construção civil perdeu 36 mil empregos, enquanto no agregado outros setores houve fechamento de 17 mil postos de trabalho. 

Regiões

Entre os locais pesquisados, a taxa de desemprego registrou queda apenas em Belo Horizonte e São Paulo. Na capital mineira, o índice recuou de 9,8% par a9,6% entre dezembro e janeiro. Já em São Paulo o desemprego recuou de 11,9% para 11,8%.

A maior alta na taxa do desemprego foi registrada em Salvador, onde o indicador passou de 17,0% para 17,7%. Também ficaram maiores as taxas do Distrito Federal (de 14,5% para 14,7%), Porto Alegre (de 9,4% para 9,7%), e Recife (de 17,5% para 17,9%). 

Rendimento

Em dezembro, o rendimento médio real dos ocupados teve alta de 1,2%, para R$ 1.251. No mesmo mês, o rendimento dos assalariados subiu em média 1,1%, para R$ 1.318.

A massa de rendimento também teve alta no período, de 2,1% entre os ocupados e de 1,8% entre os assalariados.