Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Ao fazer 77 anos, Sindicato dos Metalúrgicos de SP realiza congresso



 

Sob o lema Emprego, Direitos, Cidadania, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes realiza nesta quarta, quinta e sexta-feira, o 11º Congresso da categoria.

 

O encontro lembra os 77 anos de lutas da entidade, com temas de discussão atuais, que abordam crise financeira global, campanha salarial, comunicação, saúde e segurança no trabalho, entre outras questões.

 

O congresso será realizado no auditório do sindicato, na Rua Galvão Bueno, 782, Liberdade, em São Paulo, com a participação de cerca de 1.200 delegados sindicais e ativistas da categoria, além de convidados.

 

A abertura será nesta quarta-feira (17), às 9 horas e, o encerramento, no dia 19, com a aprovação das resoluções e a posse da diretoria eleita para o quadriênio 2009-2013.

 

Ainda nesta quarta-feira, às 8h30, o presidente do sindicato, Miguel Torres, abrirá uma exposição fotográfica que registra alguns dos momentos de luta da categoria.

 

“Esta exposição é apenas uma amostra da trajetória do sindicato nos últimos anos. Nossa entidade foi fundada em 1932, enfrentou a resistência dos empresários, a repressão e a intervenção em dois longos períodos de ditadura – a do Estado Novo e a que se originou do golpe militar de 1964. Mas os metalúrgicos nunca desistiram da luta por seus direitos nem pela redemocratização do país”, conta Miguel.

 

O início da organização do sindicato contou com a coragem e ousadia de muitos trabalhadores.

 

Na noite do dia 27 de dezembro de 1932, no número 10 da rua Venâncio Aires, na Lapa, cerca de cem trabalhadores do grupo da Água Branca – da Metalúrgica Matarazzo – e do grupo do Brás – principalmente da Fundição Diez – se reuniram em assembleia para aprovar os estatutos da entidade.

 

O sindicato, porém, só passaria a ser legal em maio de 1933, já com o apoio de metalúrgicos da Fundição Pecoraro, Cofres Bernardini, Manoel Cheneco, Fábrica de Armas Assunção, AS Ciclope e Fábrica de Cofres Irmãos Corrêa, empresas que já não existem mais.

Os primeiros meses de vida do sindicato foram bastante duros. Os empregadores continuavam a demitir líderes trabalhistas e os metalúrgicos não se arriscavam a filiar-se à entidade, temendo represálias políticas e policiais.

 

Com o pequeno número de filiados, a entidade enfrentava dificuldades financeiras que comprometiam sua própria sobrevivência. Os diretores e sócios tiravam dinheiro do próprio bolso para pagar as pequenas despesas da entidade, muitos iam trabalhar à noite na sede, depois de batalhar o dia inteiro dentro das fábricas.

 

“O 11º congresso acontece num momento também de muita luta e resistência não só dos metalúrgicos, mas de todas as categorias profissionais”, afirma Miguel Torres. Segundo ele, a conjuntura é marcada por um “Brasil tentando superar a crise financeira e os sindicatos defendendo os empregos e os salários dos trabalhadores, pois, sem isso, a economia não pode avançar”. (Fonte: Vermelho, com Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes)

 

Veja a programação do 11º Congresso:

 

Quarta-feira (17)

7h às 8h30: Café.

 

8h30 às 9h: Abertura solene, com execução do Hino Nacional e composição da mesa.

 

9h às 10h30: Uso da palavra pelos convidados.

 

10h30 às 11h: Formação da mesa diretora da sessão plenária.

 

11h às 11h40: Palestra “Enfrentamento da Crise”, com Paulo Pereira da Silva (Paulinho), presidente da Força Sindical.

 

12h às 13h30: Almoço.

 

13h30 às 14h30: Palestra “Ação Sindical – Saúde e Segurança do Trabalho”, com João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical, e Dr. Zuher Handar, médico e consultor da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM).

 

14h30 às 15h10: Palestra “Sindicato, Cidadania e Ação Política”, com Antônio Augusto de Queiroz, jornalista e diretor de documentação do DIAP

 

15h10 às 15h50: Palestra “Campanhas Salariais”, com Clemente Ganz Lúcio, diretor-técnico do Dieese e João Carlos Gonçalves (Juruna), diretor do Sindicato e secretário-geral da Força Sindical.

 

16h às 16h40: Palestra “Comunicação Sindical”, com João Franzin, jornalista e escritor.

 

16h40 às 17h30: Palestra “Atendimento do Sindicato ao Trabalhador”, com Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

 

18h: Encerramento.

 

Quinta-feira (18)

7h às 8h30: Café.

 

8h30 às 9h: Formação da mesa diretora dos trabalhos. Serão formados quatro grupos, nas cores marron, amarelo, azul e verde, que trabalharão simultaneamente. Cada grupo de trabalho terá um presidente, que deve ser diretor do Sindicato, um relator, que deve ser delegado, um secretário, também delegado, e segundo secretário, que deve ser assessor da diretoria.

 

9h às 11h: Discussão e elaboração de relatório do tema “Enfrentamento da Crise”.

 

11h às 12h: Discussão e elaboração de relatório do tema “Sindicato, Cidadania e Ação Política”.

 

12h às 13h30: Almoço.

 

13h30 às 14h: Formação da mesa.

 

14h às 15h: Discussão e elaboração de relatório do tema “Ação Sindical, Saúde e Segurança do Trabalho”.

 

15h às 16h: Discussão e elaboração de relatório do tema “Comunicação Sindical”.

 

16h às 17h: Discussão e elaboração de relatório do tema “Campanhas Salariais”.

 

17h às 17h30: Discussão e elaboração de relatório do tema “Atendimento do Sindicato ao Trabalhador”.

 

18h: Encerramento.

 

Sexta-feira (19)

7h às 8h30: Café.

 

8h30 às 9h15: Formação da mesa diretora do grupo de trabalho.

 

9h15 às 11h: Apresentação das resoluções e moções dos grupos.

 

11h30: Mesa solene.

 

12h às 12h30: Homenagens.

 

12h30 às 13h: Posse da diretoria e dos delegados sindicais. Juramento do delegado e entrega de carteiras a um delegado e a uma delegada, representando todos os delegados da categoria metalúrgica em São Paulo e Mogi das Cruzes.

 

13h às 14h: Palavra das autoridades.

 

14h30: Encerramento do Congresso e início do show com Gian e Giovani.