Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Alternativa atrai empresas em fase de crescimento


De São Paulo

A Unifast, metalúrgica localizada em Santo André, no Grande ABC paulista, tira do caixa mensalmente recursos para pagar duas parcelas de consórcios. O desembolso entra na relação de custos da companhia. A ideia de adquirir as cotas foi do empresário Eduardo Campanini, um dos dois sócios da Unifast. “Há quatro meses decidimos entrar em dois grupos, com cotas de R$ 150 mil em cada um. O objetivo é tocar o plano estratégico da empresa e aplicar esses recursos na expansão da fábrica”, afirma.

O principal atrativo, segundo Campanini, é o custo mais baixo do projeto com o consórcio, em relação a outras alternativas. “Vamos pagar em torno de 20% de taxas para cada cota no período de 120 meses, que é o prazo dos consórcios, enquanto um financiamento bancário custaria, no mínimo, o triplo, e seria bem mais burocrático”, explica. Experiência não lhe falta nesse assunto. Campanini financiou o apartamento onde mora há quatro anos e tem pela frentes um saldo a pagar em torno de R$ 100 mil. Às vésperas do casamento, a decisão pareceu a mais correta. “Foi uma escolha prática e acertada porque o imóvel saiu mais rápido, mas os juros são muito altos, principalmente, se comparados às taxas de consórcio.”

Criada em 2000, a Unifast tem 22 funcionários e um horizonte de crescimento pela frente. Este ano já investiu em novas máquinas, mas a maior preocupação do empresário é com o espaço físico de produção, hoje próximo de 720 metros quadrados, abrigando as áreas fabril e administrativa. A decisão pelo consórcio foi tomada no início do ano com base na projeção de crescer 25% ao longo de 2010. Mas o aquecimento do mercado e os investimentos realizados em marketing provocaram uma expansão de 67% na produção e no faturamento dos primeiros meses do ano.

A empresa fabrica equipamentos para os setores automotivo, de cosméticos e energia, do qual tem a Petrobras como cliente. “No começo, não tínhamos tanta pressa para ampliar a fábrica, mas agora, diante de um cenário de crescimento, já pensamos em fazer lances no ano que vem para tentar antecipar o recebimento das cartas de crédito e tocar a expansão o quanto antes”, diz. O plano é ter ao menos mil metros quadrados para a área de produção.

A poupança para o lance começará a partir de novembro. O crédito do consórcio, segundo Campanini, será suficiente para construir a fábrica ou adquirir o terreno em uma cidade próxima, como Mauá ou Ribeirão Pires. “Depois do Rodoanel, os preços dos imóveis subiram muito e a oferta caiu bastante. Não há área disponível na cidade e que caiba no nosso planejamento e orçamento.” (I.N.)