Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Altas na alimentação e moradia respondem pela inflação

Em março de 2009, o custo de vida no município de São Paulo apresentou inflação de 0,40%, com 0,38 ponto percentual (pp) acima da taxa de fevereiro (0,02%),segundo cálculo do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos. As principais altas da inflação foram detectadas nos bens e serviços dos grupos Habitação (0,93%) e Alimentação (0,47%) que, juntos, contribuíram com 0,34 pp no cálculo da taxa da inflação deste mês de março.

Índices por estrato – Além do índice geral, o DIEESE calcula ainda mais três indicadores de inflação, segundo tercis da renda das famílias paulistanas. Em março, as taxas do 1º e 2º estratos foram semelhantes, de 0,36% e 0,35%, respectivamente; a do 3º estrato foi um pouco maior, chegando a 0,43%. O estrato 1 corresponde à estrutura de gastos de 1/3 das famílias mais pobres (renda média = R$ 377,49*), o estrato 2 contempla os gastos das famílias com nível intermediário de rendimento (renda média = R$ 934,17*) e o 3º estrato reúne as de maior poder aquisitivo (renda média = R$ 2.792,90*).

Variação acumulada – Nos últimos 12 meses – entre abril de 2008 e março de 2009 – o ICV-DIEESE acumula alta de 5,90%. Ao se considerar os diferentes estratos, as taxas são distintas: estrato 1, 6,18%; estrato 2, 5,80% e estrato 3, 5,88% (Tabela 4). No primeiro trimestre deste ano, a inflação acumulada é de 1,11% para o índice geral, sendo maior – de 1,37% – para o estrato 3 e decrescente para os demais: estrato 2, 0,79%; e estrato 1, 0,70%.

A inflação e a crise – Para analisar os efeitos da crise sobre a inflação medida pelo ICV-DIEESE levou-se em conta o período entre setembro de 2008 e março de 2009. Os 540 itens que compõem o ICV foram agregados em três grupos e dois subgrupos, tendo como hipótese os diferentes graus de necessidade da sua aquisição: inadiáveis (bens e serviços cuja aquisição é necessária, não podendo ser adiada, que correspondem a 84,2% do total); adiável no curto prazo (itens cuja demanda pode ser postergada por pouco tempo, que somam 10,4% do total ); e adiável no longo prazo, os outros 5,4% dos itens do ICV. Enquanto no período a inflação subiu 2,3%, os primeiros tiveram alta de 2,7%, os adiáveis no curto prazo subiram 1,6% e os adiáveis no longo prazo recuaram 1,5%.

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