Hora de investir na produção porque os juros vão cair para 2% ou 3% ao ano
“Declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, feitas nesta semana na Fiesp confirmam o que os trabalhadores e alguns setores empresariais sempre quiseram para a economia brasileira, ou seja, juros em patamares que estimulem o investimento produtivo, que gerem empregos e permita à economia ter uma dinâmica de maior distribuição de riqueza e de oportunidades para todos.
A tendência é de queda dos juros para patamares entre 2% e 3%, de acordo com as declarações do ministro da Fazenda para uma plateia de empresários da Fiesp.
Já no próximo ano, os juros devem chegar a 9%, segundo declarações da presidente Dilma Rousseff. Por isso, estamos na torcida para que antes do término do seu primeiro mandato que atinjamos o patamar anunciado pelo ministro da Fazenda.
Porque com juros a níveis civilizados, vamos segurar no Brasil a montanha de dinheiro que atualmente é gasta para financiar a dívida pública. Vai sobrar dinheiro para investimentos diretos em Educação, Saúde, Saneamento Básico e em nossa Segurança Pública.
Por isso, é essencial que nós trabalhadores, que sempre apoiamos Lula e Dilma nas suas cruzadas a favor de um Brasil mais moderno, mais justo e com maior distribuição de renda e de oportunidades que nos empenhemos na atual campanha salarial para ampliar os patamares de renda para nossas respectivas categorias.
Enquanto nós metalúrgicos nos contribuimos patrioticamente para sustentar nosso mercado interno, para onde canalizamos todos os nossos ganhos salariais, para muitos empresários só interessa o lucro acumulado em contas privadas no Brasil e no Exterior.
Mas são empresários que já percebem direitinho que numa economia com juros baixos que a única alternativa para acumular lucros é através da produção. E que sabem também que com juros baixos que é mais fácil financiar o crescimento e produzir mercadorias com preços muito mais competitivos em termos mundiais.
Portanto, o alerta está dado. E vamos, metalúrgicos que somos, acompanhar de pertinho o desempenho dos empresários do nosso setor. E a hora de provarem a determinação de ter seus trabalhadores como associados na geração de riquezas é agora, enquanto estamos negociando a atual campanha salarial e a nossa participação nos lucros e nos resultados”.
Por Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá