Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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Metalúrgicos aprovam greve para pressionar montadoras

Diário Gde ABC – Escrito por Luciele Velluto

Os trabalhadores das indústrias metalúrgicas de São José dos Campos, Campinas, Limeira, Baixada Santista e de São José dos Pinhais, na Grande Curitiba (PR), resolveram se antecipar à última data marcada para reunião com os sindicatos patronais – sexta-feira com o Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) – e já aprovaram paralisação para a próxima segunda-feira caso as empresas, principalmente as montadoras, não aceitem as reivindicações da categoria para a campanha salarial 2008.

Entre os primeiros a aprovarem a paralisação estão os trabalhadores de São José dos Campos e Campinas (além de Limeira e Baixada Santista), onde ficam unidades da General Motors do Brasil e da Toyota, respectivamente. A decisão saiu em assembléia no último domingo.

As reivindicações dos trabalhadores paulistas são aumento salarial de 18,83% (recuperação de perdas com a inflação mais aumento real), piso salarial de R$ 1.450, redução da jornada de trabalho sem diminuição de salário e reajuste automático dos pagamentos quando a inflação passar de 3% – sistema conhecido como gatilho.

Ontem foi a vez dos trabalhadores da região metropolitana de Curitiba aprovarem o estado de greve. Os metalúrgicos da Volkswagen-Audi, Renault e Volvo reivindicam aumento de 13% a partir de setembro, sendo 5% de aumento real. Outro ponto é um abono de R$ 1.500 e a extensão de todas as cláusulas fechadas para as montadoras em São Paulo para as unidades paranaenses.

Já os metalúrgicos do Grande ABC – que negociam junto com a categoria de Taubaté e Sorocaba – realizam assembléia para avaliar as propostas da bancada patronal no domingo.

A categoria pleiteia a criação do fundo de formação profissional para os metalúrgicos, aumento real com reposição integral da inflação – sem definição de índice -, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas, a valorização dos pisos salariais e mudança na data-base de agosto para setembro.