Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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País cria mais de 1,5 milhão de vagas até julho

NÚMERO JÁ É 27% MAIOR DO QUE O RECORDE ANTERIOR, DE 1,2 MILHÃO. SETOR DE SERVIÇOS SEGUE COMO O QUE MAIS GERA EMPREGOS NO BRASIL

O saldo de contratações com carteira de trabalho assinada chegou a 1,564 milhão em julho, consolidando 2008 como o ano que mais gerou empregos no país. Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

O número já é 27% maior do que o recorde anterior, de 1,2 milhão de novos postos de trabalho, registrado em 2004. Desde janeiro, a evolução nas contratações é de 5,4%.

Somente em julho, foram criadas 203.218 vagas no país, 60% a mais do que o registrado no mesmo mês em 2007 e o melhor resultado para o mês de julho. O recorde anterior era do mesmo mês em 2004, com 202.033 novos postos de trabalho.

No mês passado, o Estado de São Paulo gerou 64.065 cargos. O saldo de contratações no ano é de 641.810.

O setor de serviços é o que mais tem gerado empregos no país. O saldo desde janeiro é de 490.105 contratações.

Em julho, foram criados 19.957 postos nessa área no Estado -quase um terço do total de 64.065 vagas. Em seguida, aparece a área agropecuária, com 13.659 contratações. Segundo o Caged, o setor tem as maiores altas, em percentuais, nas contratações em São Paulo: 2,82% no mês e 27,66% no ano.

Tendência

Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o fato de todos os setores registrarem crescimento recorde neste ano mostra que o crescimento do emprego é uma tendência.

“Estão contratando mais trabalhadores porque estão precisando produzir mais. Há um crescimento generalizado em toda a economia e há investimentos sendo feitos em setores estratégicos. Não é só uma bolha de crescimento. São todos os setores da economia”, afirma.

Lupi manteve a previsão de geração de 2 milhões de postos de trabalho até o final deste ano. “Nós tivemos um começo de ano muito forte. Acho que o mercado vai continuar muito aquecido, principalmente por causa do aumento do poder de compra do brasileiro. Vamos com tranqüilidade chegar aos 2 milhões”, afirmou o ministro.

(Gustavo Gomes e FOL)