Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

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METALÚRGICOS

Ontem foi dia de negociações entre os metalúrgicos do Estado de São Paulo. No ABC paulista, o chamado Grupo 3, que reúne sindicatos patronais dos setores de autopeças, forjaria e parafusos, fechou acordo na terça-feira, com 4,44% de reposição da inflação, mais 2% de aumento real. Foram três semanas de protestos e paralisações. O acordo foi assinado ontem, na sede do Sindipeças, que representa as empresas do setor. A data-base é 1º de setembro.

Por volta de 7 mil metalúrgicos de Guarulhos, que tem data-base em 1º de novembro, pararam parte do turno na manhã de ontem, numa mobilização que envolveu 11 empresas, entre elas a Valeo, a Cummins Filtros e a Visteon. O ato de advertência faz parte da campanha salarial da categoria. O Sindicato dos Metalúrgicos, ligado à Força Sindical, negocia um reajuste salarial de 10% (reposição da inflação e aumento real).

Miguel Torres, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, alega que neste ano há mais manifestações porque os representantes das empresas têm usado os efeitos da crise para não conceder aumento real de salário. “Não queremos que o acordo demore tanto para sair como em outras regiões, por isso começamos nossas mobilizações mais cedo”, diz o sindicalista.

Em São José dos Campos (SP), a greve dos metalúrgicos da Sobraer, Sopeçaero e Peçola, todas fornecedoras da Embraer, chegou ontem ao sexto dia e não há previsão de volta ao trabalho. Ao todo, as empresas têm cerca de 250 funcionários e o Sindicato dos Metalúrgicos, ligado ao Conlutas, reivindica a antecipação da data-base de novembro para setembro, além do pagamento da PLR.