Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos

A crise financeira promoveu uma histórica escassez de crédito no mercado e, neste cenário, o fomento mercantil ganhou força, especialmente para as pequenas e médias empresas, o que levou o setor a registrar um crescimento de quase 17% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o ano passado.

A movimentação total do setor foi de R$ 80 bilhões, ante R$ 68,4 bilhões em 2008, segundo o levantamento Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring (Anfac), concluído no início do mês.

Segundo o estudo, a maior participação deu-se na região Sudeste, com 80,2% do montante total, ou seja, R$ 64,16 bilhões, com maior concentração no estado de São Paulo. A região Nordeste também apresentou considerável desenvolvimento neste período, ficando com uma participação de 5,6% do montante, ou seja, uma movimentação de R$ 4,5 bilhões, com destaque para Pernambuco.

O setor econômico que apresentou maior participação no fomento mercantil foi o metalúrgico, com 25%, seguido de outros segmentos industriais, que apresentaram ao todo 20% de movimentação no período, e do comércio, com 18,75%.

O estudo foi realizado com base na movimentação das 141 mil empresas de pequeno e médio porte, dos mais variados setores econômicos, associadas à ANFAC, que no auge da crise se apresentou como uma alternativa de crédito a essas empresas, ofertando além do apoio financeiro e assessoria administrativa, para que invistam o capital de forma correta a fim de alcançar seus objetivos e aumentar os lucros.

“A estimativa da ANFAC para 2009 é de que haja um gradual equilíbrio na distribuição de investimentos possibilitando o retorno à normalidade das operações desenvolvidas pelas suas empresas associadas”, diz o presidente da Associação, Luiz Lemos Leite. As factorings atendem pequenas e médias empresas, principalmente aquelas que tem maior dificuldade em ter acesso ao mercado de crédito do sistema financeiro nacional.

PanoramaBrasil