DA SUCURSAL DO RIO
Maior região metropolitana do país e com perfil mais industrial, São Paulo viu a taxa de desemprego cair com mais força: de 10,2% em maio para 9% em junho, segundo o IBGE.
Na região, porém, a geração de postos de trabalho teve peso menor do que o crescimento do desalento para explicar a redução da taxa. É que, das 127 mil pessoas que deixaram de procurar trabalho em junho, apenas 66 mil conseguiram alguma ocupação. Ou seja, o restante acabou por sair do mercado e migrar para a inatividade.
Segundo Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, os dados apontam mais claramente o desalento em São Paulo do que nas outras regiões, pois houve uma saída muito grande de pessoas do mercado de trabalho que não se empregaram.
Elas podem ter deixado de procurar emprego momentaneamente por causa da crise, diz Pereira, e esperam um cenário melhor para voltar ao mercado. Em junho, 887 mil pessoas estavam desempregadas em São Paulo. A cifra era maior em maio: 1,015 milhão.
Responsável por 42% de todos os empregos das seis regiões pesquisadas pelo IBGE, São Paulo se ressente mais da crise por depender mais da indústria. O setor responde por 20% da ocupação na região, enquanto a média é de 16,4%.
De maio para junho, o emprego em São Paulo cresceu de modo expressivo em educação, saúde e administração pública e em outros serviços (alimentação, alojamento e outros). Na indústria, ficou estável.