Faz uma semana que Genivaldo, 38 anos, morreu após ser abordado por homens fardados com o uniforme da Polícia Rodoviária Federal e colocado dentro da viatura com gás lacrimogênio e spray de pimenta.
Provavelmente, diversas outras informações invadiram suas redes sociais ao longo desta última semana, centenas notícias foram lidas, vistas e ouvidas; na correria da vida, a história de Genivaldo se perdeu.
Porém hoje é o dia de relembrar Genilvado, 38 anos, negro, pobre, morador de periferia e morto cruelmente por policias que levavam no peito o símbolo de uma das instituições mais respeitadas do país.
É hoje o dia de não esquecer Genivaldo: esquizofrênico que fazia uso de medicação e se mostrou nervoso durante a abordagem policial no Sergipe.
Hoje é dia de enfatizar que é preciso mudança começando pela responsabilização dos culpados. Outros Genivaldo irão aparecer se a morte dele ficar impune.
É preciso enfatizar que o Estado Brasileiro matou Genivaldo e cabe, no mínimo, ao Estado proporcionar instrumentos que isso não ocorra novamente.
Por fim, precisamos que todos os agentes do Estado Brasileiro saibam qual é a sua função na república e o que é a república. Matar os seus cidadãos não está nos fundamentos no nosso país.
Não se esqueça de Genivaldo.
Maria Rosângela Lopes
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Vale do Sapucaí-MG (SINDVAS)
Secretária de Assuntos Raciais da Força Sindical
Vice-presidente da Força Sindical Minas
Secretária de Relações Públicas da CNTM