Os metalúrgicos da Cinpal, em Taboão da Serra, participaram de protesto nesta sexta-feira, 25, contra acidente de trabalho que tirou a vida de Ailton Aparecido Duarte de Andrade, de 48 anos. Com faixa nas mãos, os trabalhadores exigiram fiscalização com urgência.
Ailton perdeu a vida na terça-feira, 22, após ser acidentado por uma máquina robótica do setor de Fundição. O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região solicitou à Gerência Regional do Trabalho fiscalização com urgência do caso, mas até agora ela não aconteceu.
A situação escancara o colapso da fiscalização na região, que, atualmente, não tem auditores para investigar acidentes relacionados ao trabalho. Isto porque a Gerência conta com quatro auditores fiscais do trabalho, sendo três com exercício em legislação trabalhista e um em Saúde e Segurança do Trabalho, porém exercendo atividades restritas.
A região chegou a ter 27 fiscais. Nesta época, o necessário eram 58. Agora não temos ninguém.
Um mês para a fiscalização
O Sindicato procurou também a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado de São Paulo, que se comprometeu a fiscalizar o acidente em 22 de março de 2022, ou seja, um mês após o ocorrido.
Para piorar a situação, a área do acidente não está interditada. O setor está sem produção, mas com a presença dos trabalhadores da manutenção para evitar o superaquecimento do forno. O local havia sido interditado pela polícia e liberado, após perícia.
*Luto na Categoria* – A morte de Ailton repercute em toda categoria. Em todas as assembleias, a diretoria tem enfatizado a importância de exigir e lutar por prevenção no local de trabalho. Na Belgo, em Osasco, por exemplo, os trabalhadores fizeram um minuto de silêncio em homenagem à Ailton. O luto é de toda categoria.